Benecy Queiroz voltará a ser julgado, na próxima quinta-feira, às 10h (de Brasília), pelas declarações dados ao programa Meio de Campo, da Rede Minas, no último dia 10 de janeiro, em que admitiu uma tentativa malsucedida de “comprar” um juiz, em um jogo do Cruzeiro na década de 80.
Não satisfeita com o resultado do primeiro julgamento, que condenou o dirigente a 90 dias de suspensão, a Procuradoria do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) entrou com recurso, que será julgado pelo Tribunal Pleno do órgão.
A Procuradoria exige uma punição mais severa ao ex-supervisor de futebol do Cruzeiro e, para isso, se ancora nas penas previstas nos artigos 237 e 241 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As penas estipulam multa de R$ 100 a R$ 100 mil e até suspensão de 360 a 720 dias ao réu. Vale lembrar que Benecy Queiroz não corre risco de banimento, uma vez que o dirigente não é reincidente em casos de corrupção no esporte.
Afastamento e retorno ao Cruzeiro – Dois dias após suas declarações ganharem os noticiários, Benecy Queiroz concedeu entrevista coletiva na Toca da Raposa II, alegando que a tentativa de “compra” de árbitro não passava de uma história ficcional, inventada durante uma entrevista “descontraída”.
Pouco depois, em nota oficial, o Cruzeiro informou que Benecy Queiroz, por questões médicas, seria afastado das suas funções na supervisão de futebol do clube, sendo substituído pelo ex-gerente de negócios internacionais, Pedro Moreira. Licenciado, o ex-supervisor foi julgado ao final de janeiro pelo STJD, sendo punido com suspensão de 90 dias.
No dia 19 de fevereiro, porém, o dirigente conseguiu um efeito suspensivo após cumprir apenas 25 dias da pena e voltou a trabalhar no Cruzeiro em outra função. De acordo com o que foi dito pela assessoria de imprensa celeste na época, Benecy atualmente exerce um cargo administrativo na sede do clube.
