Gazeta Esportiva

Mesmo com grana de Arrascaeta, Cruzeiro segue em débito pela compra do uruguaio

Arrascaeta deixou o Cruzeiro em janeiro e foi para o Flamengo, gerando 13 milhões de euros para o Cruzeiro (Foto: Vinnicius Silva/CEC)

Em janeiro de 2019, Arrascaeta entrou em uma sala na Toca da Raposa II, mesmo com seu estilo acanhado, e deixou claro, junto com seu empresário, que queria sair do Cruzeiro para o Flamengo. Após muita negociação, o Rubro Negro carioca adquiriu o passe do jogador e o time celeste pegou sua fatia de 13 milhões de euros (R$ 56,7 milhões). Lá no Uruguai, o Defensor acreditou que este seria o ponto chave para receber os débitos que o clube mineiro tem com a equipe pela aquisição do jogador ainda em 2015. Mas não recebeu.

Em contato com a Gazeta Esportiva, por e-mail, o Defensor confirmou que a equipe cruzeirense não fez o pagamento da dívida. “Ninguém pagou de Cruzeiro”. A parte ainda não paga é de R$ 5,24 milhões.

A resposta negativa do clube uruguaio ocorre meses após o próprio vice-presidente do Cruzeiro, Itair Machado, garantir que utilizaria o dinheiro da venda de Arrascaeta para acertar parte da vida financeira do clube.

“O Cruzeiro vai priorizar fazer acordo para tirar dívida da Fifa, fazendo acordo com o Defensor e o Atenas, desde que eles aceitem o valor real. Por exemplo, 4 milhões de dólares no Latorre. A gente sabe que foi rolo, tem alguém levando isso. Tem alguém pagando propina no meio de venda. O Cruzeiro vai pagar o valor real, que seria um preço embutido no Arrascaeta. É a proposta que o Cruzeiro vai fazer. Se o Atenas não aceitar, o Cruzeiro vai procurar o órgão internacional para fazer a denúncia dessa venda. Você não pode comprar um cara que não é jogador por 4 milhões de dólares”, disse Itair no dia 10 de janeiro. Vale lembrar que Latorre chegou ao Cruzeiro como exigência para confirmação da contratação de Arrascaeta, em 2015.

Se o Cruzeiro não resolveu a situação com o Defensor, a agremiação uruguaia pretende colocar fim. Em 2017, o time buscou ajuda junto a Fifa para receber a verba. A primeira cobrança foi feita pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) que deu parecer favorável ao Defensor. A Raposa recorreu, mas o próprio CAS é quem julgará e dará um desfecho ao caso.

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