Como se não bastasse a eliminação no Campeonato Paulista, neste sábado, o Corinthians comunicou após a derrota nos pênaltis para o Grêmio Osasco Audax que o zagueiro Yago foi flagrado em um exame antidoping realizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O jogador ainda estava sob efeitos da substância betametasona quando a sua equipe foi superada por 2 a 0 pelo Santos, em 6 de março, na Vila Belmiro.
Segundo o médico Joaquim Grava, que apareceu na sala de imprensa do Estádio de Itaquera para prestar esclarecimentos, Yago fez uso de betametasona durante o tratamento de uma inflamação no joelho. “Isso foi administrado na segunda ou na terça-feira que antecedeu o jogo, em conjunto com outro medicamento. Foi um lubrificante para a articulação junto com um antiinflamatório”, explicou.
Grava aproveitou para assumir a culpa pelo problema. “De acordo com a legislação, o clube e o atleta são isentos. A responsabilidade é toda minha como responsável pelo departamento médico do Sport Club Corinthians Paulista”, afirmou, embora tenha minimizado o caso. “Isso já aconteceu não só no futebol, mas em várias modalidades. É um medicamento utilizado normalmente. Existe jurisprudência.”
Ciente de antemão de que, mesmo com jurisprudência, estava infringindo a regra esportiva, o médico corintiano se prontificou a comunicar a FPF sobre a situação de Yago antes da realização do clássico contra o Santos. “Foi algo prescrito pelo departamento médico, e consta na súmula do jogo que ele tinha tomado esse medicamento”, bradou o presidente Roberto de Andrade, abanando a súmula com a mão.
Seja como for, o Corinthians agora espera receber o resultado da contraprova do exame antidoping realizado em Yago, o que ocorrerá em 2 de maio. Prata da casa, o zagueiro ganhou projeção e virou titular na atual temporada, a partir da transferência de Gil para o futebol chinês. O seu substituto imediato é o paraguaio Balbuena.
