Trio de centroavantes faz Corinthians acabar com carência no setor
Por Tiago Salazar
12/09/2019 às 08:00
São Paulo, SP
Gustavo foi o que mais se destacou no início do ano. O camisa 19 retornou ao Corinthians após ser peça-chave do Fortaleza na conquista da Série B do Brasileiro de 2018 e marcou oito gols nas suas primeiras 14 partidas em 2019. Contudo, sofreu uma lesão que o tirou de campo por um mês, ocasionando a perda de espaço no time titular.
"Quando temos uma lesão, perdemos espaço. Foi o que aconteceu comigo. Tive duas lesões e meus concorrentes vieram muito bem, o Love e o Boselli. Tiveram uma crescente muito boa, o que é bom para o Corinthians. E perdi espaço. Tive de correr atrás, me dedicar mais, entrar bem concentrado nos jogos para corresponder", declarou Gustavo, que tem 10 gols marcados em 33 partidas disputadas no ano.
Já o argentino Mauro Boselli, que chegou ao Corinthians com status de titular após boa passagem pelo futebol mexicano, demorou a se adaptar nos gramados do Brasil. No entanto, o camisa 17 ganhou a confiança de Fábio Carille com o tempo e conseguiu mostrar um bom futebol, marcando três vezes nos últimos seis jogos que disputou, totalizando cinco gols em 31 partidas até o momento. O atleta também se contundiu a acabou ficando fora de alguns compromissos do time, mas está agora em boa fase, com três gols nos últimos três compromissos em que foi titular.
Autor do gol do título do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, Vágner Love é um exemplo de jogador que aproveitou as oportunidades para conquistar seu espaço. Com as lesões dos companheiros, o jogador de 35 anos acumulou boas atuações e se tornou titular da equipe de Carille, chegando a 10 tentos em 43 jogos e dividindo a artilharia do time com Gustavo.
"Foi uma oportunidade que procurei aproveitar da melhor maneira possível. O Gustavo teve uma lesão e ficou fora por um tempo, assim como o Mauro. São três jogadores de muita qualidade. Não importa quem joga, estamos dando conta do recado. Vou torcer para quando não estiver em campo, seja Gustavo ou Boselli, vou torcer para eles darem o melhor em campo", explicou o camisa 9.
Variedade após seis anos
A última vez que o Corinthians teve tantas opções à disposição para o setor ofensivo foi em 2013. Na época, o elenco do Timão contava com Emerson Sheik, Alexandre Pato e Paolo Guerrero como alternativas para a posição de centroavante. Além deles, Jorge Henrique e Romarinho complementavam o ataque corintiano. Ao todo, os cinco marcaram 49 gols.
No ano seguinte, o clube alvinegro perdeu Pato, que foi para o São Paulo na negociação que envolveu o meia Jadson, e Sheik, emprestado para o Botafogo. As chegadas de Luciano, Romero, que fez a função de centroavante em diversos momentos durante sua passagem pelo Timão, e a integração de Malcom ao elenco profissional não foram suficientes para o manter o desempenho.
Guerrero deixou a equipe de Itaquera em 2015, ano em que Vágner Love saiu de criticado a artilheiro do time na temporada do hexacampeonato brasileiro, sem um substituto à altura para a posição. Depois, em 2016, Romero, Lucca, André, Luciano e Gustavo, na primeira passagem, ficaram longe de cair nas graças do torcedor e não foram capazes de carregar o ataque alvinegro.
No ano do sétimo título do Campeonato Brasileiro, em 2017, o time comandado por Carille dependia muito de Jô, que foi o artilheiro com a incrível marca de 25 gols. Kazim, seu reserva imediato, balançou as redes em apenas duas oportunidades nas 28 vezes que entrou em campo. Por fim, o ano de 2018 também foi de vacas magras para o setor, que contou com Romero, Roger, Júnior Dutra e Jonathas, sendo que nenhum conseguiu se firmar.
Confira os números do ataque alvinegro desde 2013, o último ano com boa safra de centroavantes:
2013
Romarinho - 69 jogos e 6 gols
Emerson Sheik - 59 jogos e 5 gols
Alexandre Pato - 57 jogos e 17 gols
Paolo Guerrero - 46 jogos e 18 gols
Jorge Henrique - 19 jogos e 3 gols
Léo Artur - 8 jogos e 0 gol
Paulinho - 6 jogos e 0 gol
Leandro Augusto - 0 jogo e 0 gol
Douglas Tanque - 0 jogo e 0 gol
2014
Luciano - 47 jogos e 13 gols
Guerrero - 45 jogos e 16 gols
Romarinho - 37 jogos e 12 gols
Romero - 26 jogos e 1 gol
Malcom - 24 jogos e 2 gols
Emerson Sheik - 9 jogos e 0 gol
Alexandre Pato - 5 jogos e 0 gol
Gustavo Tocantins - 4 jogos e 0 gol
Paulinho - 3 jogos e 0 gol
2015
Vagner Love - 50 jogos e 16 gols
Malcom - 46 jogos e 8 gols
Mendoza - 25 jogos e 3 gols
Guerrero - 18 jogos e 10 gols
Luciano - 18 jogos 6 gols
Emerson Sheik - 17 jogos e 3 gols
Romero - 17 jogos 4 gols
Rildo - 12 jogos e 0 gol
Lucca - 10 jogos e 3 gols
Lincom - 3 jogos e 0 gol
Claudinho - 0 jogo e 0 gol
2016
Romero - 53 jogos e 13 gols
Lucca - 46 jogos e 9 gols
André - 29 jogos e 6 gols
Luciano - 24 jogos e 1 gol
Gustavo - 9 jogos e 0 gol
Rildo - 9 jogos e 2 gols
Léo Jabá - 2 jogos e 0 gol
Clausinho - 1 jogo e 0 gol
Isaac Prado - 0 jogo e 0 gol
Carlinhos - 0 jogo e 0 gol
Bruno Paulo - 0 jogo e 0 gol
Mendoza - 0 jogo e 0 gol
2017
Jô - 61 jogos e 25 gols
Romero - 55 jogos e 6 gols
Clayson - 29 jogos e 4 gols
Kazim - 28 jogos e 2 gols
Pedrinho - 19 jogos e 1 gol
Léo Jabá - 17 jogos e 1 gol
Clayton - 14 jogos e 2 gols
Carlinhos - 1 jogo e 0 gol
Bruno Paulo - 0 jogo e 0 gol
Luidy - 0 jogo e 0 gol
Mendoza - 0 jogo e 0 gol
2018
Romero - 58 jogos e 11 gols
Clayson - 48 jogos e 3 gols
Emerson Sheik - 39 jogos e 2 gols
Roger - 22 jogos e 5 gols
Junior Dutra - 22 jogos e 3 gols
Jonathas - 9 jogos e 1 gol
Lucca - 9 jogos e 0 gol
Kazim - 5 jogos e 0 gol
Sérgio Diaz - 2 jogos e 0 gol
Matheus Matias - 2 jogos e 0 gol
Rafael Bilu - 1 jogo e 0 gol
Carlinhos - 0 jogo e 0 gol