Roberto recorda interesse em Lucas Lima para negar convite a Dorival
Por Helder Júnior e Tiago Salazar
14/10/2016 às 18:12 • Atualizado: 14/10/2016 às 20:19
São Paulo, SP
“Não sei de onde ele (Modesto) tirou isso. Nunca conversei com o Dorival. Nem o conheço. Para falar que nunca o vi, estive no Mesa Redonda, da TV Gazeta, e ele também havia sido convidado. Precisei sair mais cedo e o cumprimentei”, apontou Roberto de Andrade, antes de reforçar que não poderia garantir que empresários não tenham sondado Dorival sem autorização do Corinthians.
“Às vezes, algumas pessoas podem entrar em contato querendo falar em nome do clube”, ponderou, usando o técnico sentado ao seu lado para sustentar sua tese. “Quantas mensagens de empresários você recebeu tentando colocá-lo no Corinthians, Oswaldo?”, questionou Roberto. “Um milhão”, respondeu Oswaldo, dando a deixa que o presidente corintiano queria.
“Aí, a pessoa se coloca no direito de querer cobrar comissão, alguma coisa. O presidente do Santos me conhece e sabe como procedo. Quando falaram que o Santos tinha vontade de vender o Lucas Lima, liguei para ele para ter mais informações e dizer que tinha interesse. Ele falou que não queria vender. Então, esquece, obrigado”, recordou.
Não é de hoje que Roberto de Andrade levanta a bandeira da ética entre dirigentes na hora de ir ao mercado. Quando Tite recebeu o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir a Seleção Brasileira, o dono do posto mais alto no Parque São Jorge não poupou críticas a Marco Polo del Nero e condenou o ato “antiético”, na sua avaliação.
Por isso, nesta sexta, teve de explicar como aconteceu a negociação com Oswaldo de Oliveira, já que o treinador campeão do mundo pelo Timão em 2000 estava empregado no Sport, que não demonstrava qualquer intenção em se desfazer de seu comandante, mesmo à beira da zona de rebaixamento.
“O que não gosto para mim não faço para os outros. As conversas que tive com o Oswaldo sempre foram direcionadas para o final da temporada. Conversamos à época da saída do Tite, e ele me disse que jamais abandonaria o seu trabalho. Respeitamos. Agora, ele se viu na necessidade de vir para o Corinthians e senti a obrigação de ligar para o presidente do Sport, de pedir desculpas. Como não gosto que façam comigo, entrei em contato com ele e agradeço novamente”, relatou Roberto de Andrade, em sua defesa.