“Vou responder àquilo que me for perguntado”, sorriu Roberto de Andrade, negando estar concedendo entrevista no CT do Corinthians para falar sobre Tite. Esgotadas as questões que envolviam o convite da Seleção Brasileira ao técnico, o presidente alvinegro abordou outros temas, como Alexandre Pato.
Menos de três meses após o empréstimo ao Chelsea, o atacante voltou a ser um problema. Só na semana passada ele estreou no clube inglês, que parece pouco inclinado a levá-lo definitivamente por 12 milhões de euros (quase R$ 50 milhões, dos quais o Corinthians levaria 60%, quase R$ 30 milhões).
A estreia do jogador foi comemorada, sem ilusões. “Gostei, lógico. Ele fez gol, jogou bem. Mas tudo o que eu falar vai ser achismo. O contrato tem uma data estipulada, valores. Temos que aguardar. Falar qualquer coisa aqui hoje vai ser puro achismo”, disse o presidente.
A verdade é que Roberto de Andrade não vê grandes esperanças. Como ficou claro, é pequena a chance de o Chelsea exercer sua opção de compra. E eventuais clubes interessados no atleta de 26 anos poderão, já no meio do ano, oferecer-lhe um pré-contrato que renderia zero à agremiação do Parque São Jorge.
Renasceu até a velha questão, repetida incontáveis vezes quando Pato estava emprestado ao São Paulo, sobre a possibilidade de ele voltar a vestir preto e branco. “Ele tem contrato conosco, um contrato até dezembro de 2016 que precisa ser cumprido. Se não é vendido, tem que cumprir.”
Lucca
Roberto de Andrade não escapou das perguntas sobre as negociações com a Caixa, pelo principal patrocínio do uniforme, e sobre as conversas para a venda do nome do estádio de Itaquera, atrasada em pelo menos quatro anos. Não apresentou nenhuma novidade.
O outro assunto abordado foram as tratativas pela permanência de Lucca, que está emprestado ao Corinthians até o fim de maio. O clube já acertou sua compra com o Criciúma e com o Cruzeiro, detentores dos direitos econômicos, mas não definiu salários com o atacante de 26 anos.
O empresário Fernando Garcia pediu alto e ameaçou ir a outras equipes. A diretoria respondeu divulgando os valores supostamente solicitados. O atacante, então, mostrou-se irritado com a publicidade, negou os números exibidos e disse que seu futebol está sendo prejudicado pela indefinição.
“Estamos conversando. Não se trata de ganância quando se está tratando de salário. Você vai buscar um emprego, tenta ganhar o máximo que puder. O clube vai ver se vai pagar. Acho uma discussão completamente natural. Estamos conversando”, disse o presidente alvinegro.