Ramiro diz que briga do Corinthians no Brasileiro é pra fugir da zona de rebaixamento - Gazeta Esportiva
Ramiro diz que briga do Corinthians no Brasileiro é pra fugir da zona de rebaixamento

Ramiro diz que briga do Corinthians no Brasileiro é pra fugir da zona de rebaixamento

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

03/11/2020 às 14:48 • Atualizado: 03/11/2020 às 14:56

São Paulo, SP

Ramiro foi direto ao ser questionado na tarde desta terça-feira, em entrevista coletiva, sobre o objetivo do Corinthians na temporada. Apesar de ponderar sobre a Copa do Brasil, o meio-campista evitou cair na empolgação pela vitória sobre o Internacional.

“Se tratando de Brasileiro, a gente tem de ser realista. Nosso momento, hoje, é se afastar da zona de rebaixamento, o mais rápido possível. A gente vai procurar no decorrer do campeonato primeiro se afastar lá de trás para depois ver até onde a gente pode chegar, buscar quem sabe uma vaga na Libertadores. Na Copa do Brasil, não tem outra conversa, a gente tem que ir lá pegar o América e buscar a classificação”..

Destaque no triunfo do último fim de semana, Ramiro deixou claro que não se incomoda com as críticas pelos erros técnicos individuais e foi “sincerão” ao falar sobre as próprias características.

“A gente sempre fala que dentro de uma equipe tem o craque, o carregador de piano, tem o marcador e o goleador. Eu nunca fui craque, sou jogador combativo, joguei muito tempo de volante e lateral, venho fazendo uma função mais à frente e procuro me doar dentro da minha característica. Não vou ser o jogador mágico, que vai dar chapéu. Vou ajudar na defesa, no ataque, da minha maneira, foi assim quando iniciei nessa função mais avançada e é assim que vou continuar desempenhando. Nem sempre vou ser um jogador nota 10, mas minha consciência é de estar evoluindo e fazer o melhor, sempre”.



Veja outros trechos da entrevista coletiva de Ramiro:


Jogar sem torcida
“Bem diferente. Apesar de já estar desde o retorno do futebol, a gente vem se adaptando, mas é bem diferente”.

Perder a ida em casa
“Eu estava tentando rebobinar a fita aqui, mas não me lembrei de nenhuma situação semelhante. A gente sabe que vão ser 90 minutos importantes, que definem nossa passagem, mas temos totais condições de ir lá e conseguir carimbar essa classificação”.

Como se manter apesar da oscilação
“A gente busca sempre o equilíbrio, a gente vem passando por uma série de problemas e eu venho procurando fazer meu trabalho da mesma forma, nunca deixei de trabalhar, de respeitar meus colegas. A minha cabeça está sempre no pensamento de dar o melhor”.

Necessidade de propor o jogo
“Acredito que a estratégia seja semelhante ao que foi aqui em São Paulo. Obviamente queremos fazer um jogo melhor, mas a acredito que a estratégia seja parecida. Não tivemos êxitos nos passes, temos de melhorar e colocar o coração na ponta da chuteira, é muito importante pra gente, pra temporada”.

Dificuldade de ganhar por dois gols
“A gente tem uma responsabilidade grande, mata-mata, ter de fazer dois gols, a gente sabe a pressão que é. Não foi uma coisa que aconteceu muito nessa temporada, mas a gente sabe qual é a postura que nós temos de ter para chegar lá e conseguir essa classificação”.

Vagner Mancini
“Acredito que cada treinador procura estabelecer a sua cara o mais rápido possível, muitas vezes na conversa estabelecer situações táticas, muito mais na conversa, pra ser bem sincero, mas a gente já procurou entender o Mancini, a gente tem uma troca de ideias bem legal, a gente percebe um treinador bem aberto, ele demonstra muito isso, ele pede muita coisa, a gente tenta executar. A gente agora tem que oscilar o menos possível e conseguir fazer grandes jogos”.

Cobrança no campo
“A questão de falar ou não em campo, é por personalidade, eu sempre fui taxado como chato, porque sou dessa forma, ganhando ou perdendo. Talvez os outros não tenham isso tão aflorado, mas gente se questiona muito, isso muitas vezes... Atitude é o que fica, a gente procura sempre melhorar, a indignação, o momento que a gente vive”.

Salário atrasado
"É uma situação que é tratada internamente, não vou voltar para falar dessa situação. A gente vem numa sequência boa, a gente espera que a confiança melhore cada vez mais, a gente trata aqui dentro. (...) A gente tem uma relação bem direta com a direção, estão sendo o mais transparente possível com a gente, entendemos que é uma situação atípica, quem está há mais tempo diz que nunca aconteceu, estamos conversando, se eles falaram, é o que tem de ser passado, para ter uma conversa só, não ter conversa atravessada”.

Postura
“O momento que a gente vive na Copa do Brasil, precisamos vencer. Te confesso que adoraria estar jogando bonito, ofensivo, na parte de cima, mas temos de ser realistas, temos de retomar confiança, às vitórias, se tiver que ser três zagueiros, três volantes, nesse jogo se tiver que colocar quatro atacantes, acho que a comissão vai fazer o que precisa pra gente conseguir os resultados”.

Motivação
“Posso falar por mim. Todo jogo que eu entro com a camisa do Corinthians eu quero vencer, independente do adversário e da competição. Nem sempre vou agradar o torcedor, mas tenho dentro de mim esse espírito de me doar e tem que ser esse o nosso espírito. Temos bastante coisa pra corrigir e vamos, como equipe, procurar evoluir a cada jogo, treino, para que a gente possa conseguir fazer bons jogos como esse (contra o Inter) daqui pra frente”.

Experiência de pressão no Z4
“Te confesso que eu nunca tinha ficado tão perto da zona de rebaixamento, comecei a disputar a Série A em 2013 e vivi essa situação agora, e te confesso que não quero viver mais. Nosso empenho e objetivo têm de ser sempre na parte de cima, lembrar bem o que a gente vivenciou, como é ruim, difícil, e que a gente use isso como motivação”

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