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“A situação do país é absurda. Vocês não têm dimensão do que está acontecendo nesse país. A gente veio para cá num voo fretado, porque não conseguimos avião. Tivemos que trazer comida, nosso cozinheiro para cozinhar dentro do hotel, e a situação chega a ser dolorosa, porque a gente está comendo e as pessoas estão te olhando como se você fosse um prato de comida”, afirmou.
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Conforme foi publicado pela Gazeta Esportiva, o Corinthians, comovido com o estado de emergência da população venezuelana, decidiu fazer doações a funcionários do hotel em que estava hospedado para enfrentar o Deportivo Lara. Segundo Valder, toda a delegação se reuniu para fazer um rateio em prol dos necessitados.
“Reunimos todos do clube, acabamos fazendo um levantamento de quantos funcionários tem no hotel e através deles fizemos um levantamento do que cada um poderia doar. Arrecadamos uma boa grana e demos para eles. O salário mínimo aqui é 1 dólar. Com 1 dólar você compra 1kg de carne. É uma coisa absurda”, prosseguiu, antes de atentar para a grande diferença no nível de vida entre brasileiros e venezuelanos.
“É só um desabafo, sei que ninguém tem nada a ver com isso. É só um desabafo para dizer para vocês o quão importante é a gente estar unido e de alguma forma tentar ajudar, que seja com um carinho, um abraço, com bens. É muito difícil ver esse pessoal aqui. Dois motoristas que foram levar a gente para o treino falaram que estavam com fome, que eles não tinham o que comer. Partiu o coração de uma forma que é impossível você não olhar para o lado e ver o que a vida nos proporciona”, concluiu.