Massagista do Timão desabafa com situação na Venezuela: "Doloroso" - Gazeta Esportiva
Massagista do Timão desabafa com situação na Venezuela: "Doloroso"

Massagista do Timão desabafa com situação na Venezuela: "Doloroso"

Gazeta Esportiva

Por Redação

18/05/2018 às 22:44 • Atualizado: 18/05/2018 às 23:02

São Paulo, SP

Valder Bernardo, massagista do Corinthians, desabafou por conta da situação com a qual se deparou na Venezuela, país onde o time de Fábio Carille entrou em ação na última quinta-feira, goleando o Deportivo Lara por 7 a 2 pela Copa Libertadores da América. O funcionário alvinegro categorizou o cenário de miséria da população local como “doloroso”.

Ouça o áudio completo do massagista do Corinthians:



“A situação do país é absurda. Vocês não têm dimensão do que está acontecendo nesse país. A gente veio para cá num voo fretado, porque não conseguimos avião. Tivemos que trazer comida, nosso cozinheiro para cozinhar dentro do hotel, e a situação chega a ser dolorosa, porque a gente está comendo e as pessoas estão te olhando como se você fosse um prato de comida”, afirmou.

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Valder não se esquece do cenário de miséria que encontrou na Venezuela (Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)


 

Conforme foi publicado pela Gazeta Esportiva, o Corinthians, comovido com o estado de emergência da população venezuelana, decidiu fazer doações a funcionários do hotel em que estava hospedado para enfrentar o Deportivo Lara. Segundo Valder, toda a delegação se reuniu para fazer um rateio em prol dos necessitados.

“Reunimos todos do clube, acabamos fazendo um levantamento de quantos funcionários tem no hotel e através deles fizemos um levantamento do que cada um poderia doar. Arrecadamos uma boa grana e demos para eles. O salário mínimo aqui é 1 dólar. Com 1 dólar você compra 1kg de carne. É uma coisa absurda”, prosseguiu, antes de atentar para a grande diferença no nível de vida entre brasileiros e venezuelanos.

“É só um desabafo, sei que ninguém tem nada a ver com isso. É só um desabafo para dizer para vocês o quão importante é a gente estar unido e de alguma forma tentar ajudar, que seja com um carinho, um abraço, com bens. É muito difícil ver esse pessoal aqui. Dois motoristas que foram levar a gente para o treino falaram que estavam com fome, que eles não tinham o que comer. Partiu o coração de uma forma que é impossível você não olhar para o lado e ver o que a vida nos proporciona”, concluiu.

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