Mancini vê pênalti em Gabriel, expulsão injusta de Jô e Corinthians mal no ataque - Gazeta Esportiva
Mancini vê pênalti em Gabriel, expulsão injusta de Jô e Corinthians mal no ataque

Mancini vê pênalti em Gabriel, expulsão injusta de Jô e Corinthians mal no ataque

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

03/12/2020 às 01:06

São Paulo, SP

Mais uma vez, a arbitragem foi assunto em um jogo do Corinthians. Desta vez, as reclamações surgiram por causa de lances no segundo tempo. O árbitro Braulio da Silva Machado ignorou o pedido de pênalti em Gabriel e expulsou Jô por uma suposta agressão.

Após o empate por 0 a 0 com o Fortaleza, em tom ameno, o técnico Vagner Mancini externou sua discordância com as decisões do juiz.



"Eu já vi o lance e não vejo agressão, assim como o lance do pênalti, que é um lance que chama atenção porque o atleta do Fortaleza acerta o Gabriel e a bola já tinha passado. Ele erra o tempo da bola e acerta o Gabriel. A alegação do árbitro é que o Gabriel se deixa tocar, mas não tinha como, não tinha espaço para o Gabriel não se deixar tocar. Numa análise de jogo, acho que foi um jogo disputadíssimo, equipes que brigaram em campo, e uma arbitragem abaixo, principalmente por causa do pênalti".

Nem por isso, Mancini deixou de apontar os problemas apresentados pelo Corinthians nesta 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Acho que o Corinthians hoje fez um jogo com oscilações, teve bons momentos e teve momentos que sofreu. Ao término, somamos um ponto, terceiro jogo sem sofrer gols, a parte defensiva está se ajustando, falta ajustar do meio para frente. Em Curitiba, fizemos um ótimo primeiro tempo. Hoje, tivemos dificuldade no começo, melhoramos e no segundo tempo tivemos o Jô expulso, e a alma do Corinthians é colocada em campo, mas os ajustes continuam. Hoje, tenho um sistema defensivo confiável, falta ajustar as peças na frente, para o time estar sempre mais perto de vencer as partidas. Quando eu encontrar as peças encaixadas, a gente vai dar sequência".



Veja a entrevista de Vagner Mancini, na íntegra:


Opção por não levar Boselli
"A opção é exatamente em função daquilo que estou vendo nos treinamentos. Ele ficou um tempo parado por causa da lesão nas costas, neste período, obviamente, haviam outros atletas à frente dele. Essa semana eu tinha 28 jogadores à disposição, então, sobraram algumas atletas, ele teve um tempo menor de treinamento em relação ao grupo".

Análise do jogo
"Acho que o Corinthians hoje fez um jogo com oscilações, teve bons momentos e teve momentos que sofreu. Ao término, somamos um ponto, terceiro jogo sem sofrer gols, a parte defensiva está se ajustando, falta ajustar do meio para frente. Em Curitiba, fizemos um ótimo primeiro tempo. Hoje, tivemos dificuldade no começo, melhoramos e no segundo tempo tivemos o Jô expulso, e a alma do Corinthians é colocada em campo, mas os ajustes continuam. Hoje, tenho um sistema defensivo confiável, falta ajustar as peças na frente, para o time estar sempre mais perto de vencer as partidas. Quando eu encontrar as peças encaixadas, a gente vai dar sequência".

Não substituir Jô
"Jô oscilou, assim como a equipe, ele teve dificuldade porque não tivemos velocidade, e na segunda etapa, quando encaixamos, ele acabou expulso. Ele é alto, que ganha as bolas, jogamos contra uma equipe que tem oito jogadores acima de 1,80. Era fundamental que ele ficasse em campo, eu não teria reposição com esta estatura. Era importante ele em campo".

Arbitragem
"Eu já vi o lance e não vejo agressão, assim como o lance do pênalti, que é um lance que chama atenção porque o atleta do Fortaleza acerta o Gabriel e a bola já tinha passado. Ele erra o tempo da bola e acerta o Gabriel. A alegação do árbitro é que o Gabriel se deixa tocar, mas não tinha como, não tinha espaço para o Gabriel não se deixar tocar. Numa análise de jogo, acho que foi um jogo disputadíssimo, equipes que brigaram em campo, e uma arbitragem abaixo, principalmente por causa do pênalti".

Otero no meio
"Eu fui técnico do Otero no Atlético-MG jogando pelos lados e ele teve uma ótima temporada. Temos é que recuperar o Otero e outros atletas. Não podemos achar que esse ou aquele está abaixo em função desta sequência de jogos. Um dia o sistema defensivo se sobressaiu, o que aconteceu hoje, as pessoas ofensivas renderam pouco. Não podemos depositar, de maneira alguma, depositar isso em cima dos atletas individualmente. É o sistema".

Luan e Cazares juntos
"Luan e o Cazares podem jogar juntos, mas neste momento ainda não, porque o sistema defensivo já está mais ajustado. A parte de armação e ofensiva, ainda não. Faltam elementos para que todos possam desempenhar melhor. Nada mudou de sete dias para cá. É importante que antes disso a gente tenha uma equipe que jogue um futebol seguro, agressiva com a posse de bola, e sem a posse. Se eu optar por Luan e Cazares, estou indo contra o aspecto de agressividade, neste momento. A partir do momento que a equipe estiver mais ajustada, em outra situação, talvez os dois possam jogar juntos, sim".

Perda de espaço de Xavier
"É simplesmente opção. Nos últimos jogos, no meu entendimento, o Gabriel teve uma percepção maior da função, atuou melhor em alguns jogos e por isso tem jogado. Mas o Xavier não é um reserva, está inserido em todo o processo. Daqui a pouco, outros vão ficar de fora. Eu não posso utilizar só 11 atletas, todos estão inseridos no contexto".

Piton pela meia-esquerda
"O Piton é um atleta que fez um ótimo jogo contra o Coritiba e hoje fez um jogo relativo, oscilou também junto com a equipe, passa a ser uma opção interessante, dependendo da estratégia do jogo. Tenho velocistas, mas o Piton pode jogar quando não tiver espaços".

11 dias até o Majestoso
"É um tempo bom para descansar o jogador dessa viagem e retomar a fase de treinamentos com intensidade. É um clássico, há motivação suficiente, de se enfrentar um rival, com possibilidade de fazer um belo jogo".

Equilíbrio entre setores
Sempre que você chega numa equipe, o desafio maior é ajustar a parte defensiva primeiro, e ela já está ajustada. O setor ofensivo demora mais e há uma oscilação maior. Essa oscilação não pode acontecer na parte defensiva, mas na frente vai acontecer, porque nem sempre o atleta está bem. Espero, sinceramente, que rapidamente a gente encontre as pessoas ideais, que tenham encaixe. Não podemos ter o time brigando, mas a parte técnica diferenciada. Temos de ajustar isso o mais rápido possível, se queremos algo a mais no campeonato".

Dificuldades
"Faz parte. O futebol você nem sempre domina o adversário. O Fortaleza com muita velocidade, atletas rápidos, impôs uma dificuldade natural aqui, o Corinthians teve bons momentos e teve dificuldades em outros. Eventualmente, vai acontecer. E sobre essa oscilação, com a sequência de jogos, vamos ter desempenhos diferentes, e em cima disso temos de elaborar estratégias boas, pois os adversários nem sempre jogam da mesma maneira. Hoje, no primeiro tempo, fizemos a saída de três. Na segunda etapa, voltamos a linha de quatro, com espaço maior para meias e volantes.

Sequência de expulsões
"Os cartões, eu acho que nesse específico do Jô, acho que não foi merecido. Ele tentou se desvencilhar do jogador do Fortaleza, eu já tinha avisado o quarto árbitro, lance de bola parada, mas não vi agressão no lance, assim como vi pênalti no Gabriel, e o Braulio optou por não olhar o VAR. Não tem nada emocional, lances casuais, hoje uma mão mais alta acaba recebendo vermelho também, essa é uma readequação diante de uma nova regra".

Mais sobre dificuldades
Não tenha dúvida que o setor ofensivo hoje ficou abaixo do que poderia mostrar, ou abaixo do que mostrou nos outros jogos. Tivemos dificuldade na armação. Temos de entender que cada adversário é diferente, e nem sempre você vai ter o máximo de todos os atletas, porque são seres humanos.

Mais sobre cartões
"Temos de ir jogo a jogo, tentando escalar a equipe mais forte para aquela partida. Hoje, o futebol exige que você não tenha só 11 jogadores, e espero não tenha que fazer trocas por suspensão, e sim por opção"

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