“O estágio é de uma oscilação, que me preocupa, mas sei que a gente vai diminuindo jogo a jogo. Já mostrou evolução em algumas coisas e em outras, não. Agora, teremos tempo de trabalho. Quando cheguei a meta era se recuperar no Brasileiro e ganhar a Copa do Brasil, agora estamos fora da Copa do Brasil, e no meu ver por um erro de arbitragem, porque foi um lance interpretativo, mas de uma forma onde o atleta do América estava entre a bola e o nosso jogador, é uma disputa de muita interpretação, na minha opinião o árbitro errou e dar o pênalti, mas isso não justifica. Temos de melhorar, sim, na temporada”.
Como o Corinthians terá apenas o Brasileirão pela frente a partir de agora, Mancini espera que os dias livres sejam suficientes para conseguir fazer os ajustes necessários.
“Tem muita coisa a ser feita, talvez com a eliminação a gente tenha o tempo necessário”.
No sábado, o Timão visita o Atlético-GO, ex-time do técnico corintiano.
Veja outros trechos da entrevista de Vagner Mancini:
Escalação inicial
“A estratégia montada foi de manter a mesma equipe que fez um grande jogo e talvez o melhor jogo comigo, que foi diante do Internacional, não vi razão pra mexer na equipe que deu resultado”.
Substituições
“A partir do momento que vi que não teve evolução em setores, a parte de trás muito tempo com a bola no pé, os dois volantes não conseguiram distribuir como deveriam, e isso de certa forma fez com que a equipe ficasse extremamente lenta. E uma equipe lenta contra uma equipe bem ajustada, você sofre muito, começou uma descompactação em campo. A saída do Cazares e a entrada do Everaldo é em cima dessa velocidade que nós queríamos ter, com Vital pra dentro. A entrada dos dois volantes, realmente foi aquilo que melhorou a equipe na segunda etapa, tínhamos a iniciação do jogo muito lenta e pesada, a equipe melhorou bem no segundo tempo, foi o tempo onde jogamos melhor nos dois jogos, envolvemos, saíamos na frente. A saída do Davó foi em função de parte física, não vinha jogando, fez dois jogos em pouco mais de três dias, sentiu um pouco, e a entrada do Léo foi para dar um gás novo, a intenção era matar a partida para não sofrer no final”.
Dificuldade contra o América
“A gente teve dificuldade nos dois jogos, acho que no primeiro tempo do primeiro jogo e no segundo tempo da segunda partida, o Corinthians foi superior e houve equilíbrio no segundo tempo lá. No primeiro tempo aqui de Minas o América foi melhor. Essa grandeza do Corinthians vai voltar aos poucos. Óbvio que o momento é difícil, mas não vamos abaixar a cabeça, a esperança agora é que nós teremos tempo de treinamento. Assim você consegue arrumar e ter um pouco mais de tempo de recuperação. Muitas vezes o tempo era inimigo, agora temos de saber aproveitar bem para não mostrar essas oscilações”.
Resgate da imposição em campo
Não tenha dúvida, e eu disse isso na minha chegada ao Corinthians, tem que voltar a ter a cara do Corinthians, mas também tem de jogar um bom futebol. Jogou bem contra o Inter e não jogou bem hoje. Isso incomoda. A imposição que você citou é a que eu venho pedindo. O Corinthians é um clube gigante e vai ter de recuperar essa imposição, seja na parte física, técnica ou de seus jogadores. Estamos lutando para que volte, porque eu também não gosto de ver a equipe assim, me incomoda essa oscilação”.
Saída de Davó
“Como eu já disse, a gente já vinha notando que ele estava caindo de produção, fez boas jogadas, mas tem também outros fatores, precisávamos apertar a marcação e percebemos a queda física. Colocamos gás novo para tentar chegar ao segundo gol”.
Busca por contratações
“O Corinthians está sempre atento ao mercado, existem dificuldades para todas as equipes, estamos atentos sobre os meninos da base também, há uma interação grande entre os departamentos, infelizmente tivemos a lesão do Mantuan, que estava se diferenciando nos treinamentos. A volta do Jô é uma volta pensada, equilibrada, diante de um cenário que não é aquele que ele estreou. Eu nem estava no Corinthians, mas é importante falar sobre isso, o atleta acabou antecipando a sua volta e isso gerou uma série de complicações, não só de ordem física como também de lesões. A nossa cabeça para isso hoje é para que o Jô retorne à equipe a partir do momento que ele tenha uma base para executar aquilo que está sendo pedido”.
Como ajustar o ataque
“A gente vem oscilando. Sempre que você chega numa equipe, você determina como ponto número um ajustar o sistema defensivo. E esse sistema está se ajustando. Aí você passa para o meio e ataque. Não dá para esperar muito, mas estamos tentando usar as peças para alcançar esse nível desejado. Hoje, infelizmente, tivemos a lesão do Cazares, mas temos outros que podem cumprir a função, e assim é o futebol, você perde um e acaba descobrindo outro. Hoje eu tenho um elenco com atletas desgastados e outros loucos para entrar e assim vamos tentar achar a equipe”.
Diretoria
“Eu me sinto respaldado, sim. Temos um dia a dia muito leal no Corinthians, importante dizer isso, porque muita gente não tem acesso, nosso dia a dia é maravilhoso em todos os sentidos, feito em ciam de elogios e cobrança, pressão, e ela não é só externa. A parte administrativa cuida de tudo que é da parte dela e eu cuido da parte técnica, não posso entrar aqui em questões salariais, estou aqui para tentar responder com a maior leveza possível sobre a equipe. Tem muita coisa a ser feita, talvez com a eliminação a gente tenha o tempo necessário”.
