Com muitos problemas para escalar o Corinthians que encara o Figueirense, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Orlando Scarpelli, o técnico Oswaldo de Oliveira assegurou que mudanças importantes na equipe foram tomadas por opção técnica. Na sua avaliação, Walter segue como dono da posição se estiver em condições de jogo, enquanto Lucca é uma alternativa de velocidade para o lugar de Guilherme, machucado.
"Não tem nenhuma mudança, é o que eu venho dizendo. Quem eu achar que está melhor, vai jogar. Nesse momento, eu acho que o Walter ainda está melhor do que o Cássio e vai jogar", observou o comandante, que considerou o fato de ter uma defesa lenta pela frente, formada por Werley e Marquinhos, para explicar a sua ideia de atuação com Lucca no comando do ataque corintiano.
"Na verdade, nossa intenção já era essa (de colocar Lucca na frente), mesmo antes da recuperação ou não do Guilherme, por essa característica do Lucca, de ser muito rápido e muito versátil. Já era minha intenção, já havia conversado com ele sobre isso independentemente da presença do Guilherme", afirmou o comandante, que escalou o camisa 10 como titular no clássico contra o São Paulo, vencido pelo rival por 4 a 0.
Ciente da pressão que a equipe terá de encarar pelo resultado adverso em um clássico, Oswaldo assegurou não se preocupar com uma possível "pipocada" dos jovens jogadores escolhidos para formar a defesa da equipe. O mais velho do quarteto, todo formado na base, a princípio será Pedro Henrique, de 21 anos. A média pode crescer caso Fagner, que está com a Seleção Brasileira, chegue a Florianópolis em condição de atuar.
Ainda assim, o titular manteria uma defesa 100% formada nas categorias de base, além de elevar a média de idade de 19,25 para 21 anos de idade, algo bastante incomum em uma equipe como o Timão. Para o treinador, por terem nascido como jogadores no Parque São Jorge, todos que vão a campo sabem da responsabilidade que terão pela frente.
"Ninguém entende melhor do que eles o que é jogar aqui. É uma situação que é diferente, para eles especialmente, mas sei que estão muito concentrados nisso. Da nossa parte, eu, desde o primeiro dia em que nós tivemos essa confirmação, procuramos exercitá-los dentro e fora de campo para o que eles vão encontrar, o tipo de adversário que nós teremos", contou Oswaldo, exemplificando como fez para passar aos novatos o que gostaria de ver em campo.
"Cada fase do jogo eu procurei exemplificar, começando por uma atividade do adversário mais próximo da área, depois um trabalho dentro da área e terminamos com eles iniciando a jogada nossa na saída de bola. Eles se saíram muito bem. Léo, Pedro e Arana jogaram repetidamente, a estreia é só o Léo Santos também. Saiu-se muito bem e eles vão fazer uma partida muito boa", apostou o comandante.
Durante o treinamento da véspera da partida, realizado na tarde desta terça-feira, no CT Joaquim Grava, Oswaldo orientou bastante a garotada e ainda observou de perto o trabalho específico do auxiliar de Fábio Carille com Léo Santos e Pedro Henrique. Enquanto isso, conversou bastante com Guilherme Arana, atleta que só treinou com o restante do grupo uma vez por estar a serviço da Seleção sub-20.
"O Arana eu me detive mais falando com ele para acertar alguns detalhes porque ele chegou hoje (terça) de manhã da Seleção, não participou dos treinamentos, mas dos quatro é o que teve mais experiencia. Ali eu só tava lembrando os detalhes que eu havia conversado. Eu procurei trabalhar bastante nesse aspecto, informá-los bastante a respeito da importância desse jogo e o que nós precisamos fazer para tentar uma boa partida e vencer", encerrou.
