O Corinthians tem trabalhado dentro de campo para encaminhar o título do Campeonato Brasileiro, mas nos bastidores algumas pendências seguem longe de ser resolvidas. Entre elas está o impasse sobre a renovação do contrato de Ralf, que já externou a vontade de seguir no clube. Para o ex-jogador William Capita, que atuou com o volante antes de se aposentar em 2010, o Timão precisa definir a situação com rapidez para não comprometer o andamento da carreira do atleta.
“Não sei se o Corinthians quer renovar com o Ralf. Se [a diretoria] realmente não quiser, então ela deve agir de uma forma mais clara e direta, porque o Ralf é um atleta muito profissional e ajudou o clube a conquistar vários títulos importantes”, afirmou o ex-zagueiro, que participou nesta terça-feira de um debate sobre transparência no futebol durante a Conferência Ethos 360.
Além do contrato que se encerra no fim desse ano, Ralf tenta resolver com o Corinthians o pagamento de alguns meses de direitos de imagem que o clube lhe deve. William crê que a diretoria do Timão precisa de uma melhor organização e planejamento para coibir novos atrasos. “Qualquer trabalhador que exerça suas funções merece receber salário. Isso é ponto pacífico. O Corinthians está agindo de forma muito errada se deve ao Ralf. Mesmo que não tenha dinheiro, o clube precisa se organizar e se planejar financeiramente para que isso não ocorra nem com o Ralf nem com qualquer trabalhador”, disse.
Publicamente, a diretoria corintiana afirma que o pagamento de direitos de imagem atrasados será efetuado até o início de outubro. Já a situação de Ralf não tem prazo para ser definida. Assim como o volante, outro jogador que atuou com William Capita no Timão e segue com a permanência em dúvida é Danilo. O contrato do meia veterano também se encerrará no final desse ano e, de acordo com fontes de dentro do clube, há o interesse de não renová-lo para priorizar a reformulação do elenco.
Rodízio de capitães – A faixa de capitão que William se acostumou a vestir no Corinthians eternizou o apelido que ele carrega até hoje. No atual time do técnico Tite, no entanto, o ex-jogador não ostentaria a tarja por muitos jogos seguidos. O treinador é adepto do rodízio de capitães e passou o posto por diversos atletas só nesse ano. Para o ex-zagueiro, a medida não traz prejuízos dentro de campo.
“É muito saudável, porque o capitão de uma equipe não lidera sozinho. Nós costumamos dizer que são vários capitães em campo, mas apenas um usa a tarja. No caso do Corinthians, penso que foi uma decisão sábia por parte do Tite. O fato de não usar a tarja não influencia na liderança que os jogadores podem exercer. Todos são líderes, usando a faixa ou não”, avaliou.
