Com Gabriel Pereira, a situação tem sido bem diferente. A diretoria alvinegra tem encontrado resistência e pode acabar perdendo o jogador de graça. O atacante diz que pretender ficar, mas o empresário ainda não respondeu à proposta feita pelo Timão.
Como funciona, então, essa relação entre os desejos do atleta e de seu representante? De quem é a palavra final? João Victor, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, esclareceu.
"O empresário está ali para ser parceiro, está ali para nos ajudar, mas a palavra final é do jogador. Quem joga é o jogador. Então, se realmente quer ficar ou não quer ficar, é o jogador que decide", cravou o atleta de 23 anos e que tem contrato com o Corinthians até o fim de 2023.
"Em relação a saída ou permanência, a gente não fala muito. Ele tem conversado com os representantes dele, com a família dele. Eu espero que ele fique e que isso seja definido".
A diretoria corintiana já deixou claro que não fugirá de seu planejamento financeiro para manter GP a qualquer custo. O clube pretende ficar com o atleta de 20 anos e fez uma oferta salarial para aumentar em quase 10 vezes o salário de GP, com acréscimo de luvas, mas tem seu limite na negociação.
João Victor é justamente um dos argumentos utilizados internamente, na negociação com GP. O beque é jovem, promissor, titular desde o início do ano, considerado um dos melhores do país em sua posição. Portanto, para a cúpula de futebol do Corinthians, não faria sentido oferecer para Gabriel Pereira um valor muito superior ao que foi proposto a João Victor.
"Nós, jogadores, não estamos sabendo da situação, quem está decidindo isso é a diretoria e o empresário dele. Em relação a salário, eu não me preocupo muito, não. Estou ganhando bem, se ele ganhar três vezes (mais), ele vai ganhar bem (risos)". "Mas ele vai ganhar o que merece, se permanecer no Corinthians. Se ele ganhar mais ou menos que eu, é a direção quem vai definir, mas estou muito contente com o que estou recebendo", completou João, em tom de descontração.
