Desmanche faz torcida do Corinthians homenagear campeões de 1977 - Gazeta Esportiva
Desmanche faz torcida do Corinthians homenagear campeões de 1977

Desmanche faz torcida do Corinthians homenagear campeões de 1977

Gazeta Esportiva

Por Marcos Guedes

24/01/2016 às 07:00 • Atualizado: 25/01/2016 às 05:25

São Paulo, SP

Mudanças no elenco fizeram torcedores recordarem tempos difíceis e fim do jejum (foto: divulgação)
Com o elenco desfeito, torcedores corintianos recordaram os tempos difíceis e o fim do jejum (foto: divulgação)


A madrugada de sábado teve festa para os campeões paulistas de 1977. Apesar da distância de qualquer data alusiva à histórica conquista, a Gaviões da Fiel reuniu vários dos jogadores que tiraram o Corinthians de um jejum de títulos de quase 23 anos e explicou: foi por causa do desmantelamento do elenco campeão brasileiro de 2015.

“Isso partiu do desmanche, tá ligado?”, disse o ex-presidente da organizada Wagner da Costa, o BO, abrindo as homenagens. “Eu nem estava nascido naquele período de dificuldade, e o Corinthians crescia dia após dia. Parabéns. É um reconhecimento de quem não era nem nascido”, tentou esclarecer.

Explodiu um grito de “é campeão” na quadra da Gaviões, abarrotada em mais um ensaio para o Carnaval de 2016. O BO, então, entregou uma placa a Basílio, cujo pé de anjo balançou a rede do pontepretano Carlos e tirou a angústia do coração dos corintianos há 38 anos.

Wladimir e Zé Maria declararam seu amor ao Corinthians e caíram no samba (foto: reprodução)
Wladimir e Zé Maria declararam seu amor ao Timão e caíram no samba (foto: reprodução)


Se sobraram – até a conclusão deste texto – só seis titulares do time titular do Corinthians que levou o Campeonato Brasileiro há dois meses, eram sete os titulares de 13 de outubro de 1977 reunidos na madrugada de sábado. Depois de Basílio, ganharam placas e discursaram Tobias, Zé Maria, Wladimir, Vaguinho, Geraldão e Romeu.

“Eu e o Vaguinho estávamos comentando: o Corinthians é totalmente diferente. Isso aqui, o convívio com vocês, é diferente”, afirmou Basílio, recordando que o ponta-direita iniciou sua carreira no Atlético-MG. “Ele jogou em outro clube de massa, mas não tem igual.”

Um a um, sem qualquer proposta para sambar na China, os heróis alvinegros fizeram declarações de amor semelhantes. Zé Maria, que ergueu o sonhado troféu quase 40 anos atrás, repetiu o gesto com a placa recebida, gerando nova explosão na quadra da organizada.

Foram homenageados ainda Wilsinho, campeão paulista de 1979, e Ataliba, bicampeão estadual em 1982 e 1983. Famoso pela gagueira, Ataliba simplificou o discurso ao recordar o bi. “É curto e grosso. Nóis é campeão, c...!”, bradou o carismático ex-atacante, sem tropeçar nas palavras.

Terminados os discursos mais ou menos eloquentes, chegou o momento de cair no samba. O vaidoso Wladimir desfilou com seu chapéu de malandro. Basílio chegou a arriscar o refrão que os corintianos levarão ao Anhembi no Carnaval, dando ênfase ao verso “sou gavião”.

Transparência não fez Tati Minerato se ruborizar (foto: Paduardo/Phábrica de Imagens/divulgação)
Transparência não fez a rainha Tati Minerato se ruborizar (foto: Paduardo/Phábrica de Imagens/divulgação)


Enquanto a rainha de bateria Tati Minerato dançava com seu vestido transparente, poucos pensavam em Gil, Ralf, Jadson, Renato Augusto e Vagner Love. Era hora de viver o momento e celebrar os campeões do passado, como pediu o intérprete Ernesto Teixeira: “Palmas para os heróis de uma conquista inesquecível”.

Conteúdo Patrocinado