Corinthians teve posse de bola ineficiente e já sofria antes de Fagner ser expulso
Por Tiago Salazar
11/09/2020 às 06:00
São Paulo, SP
A posse de bola pode ter dado a falsa sensação de que o time de Tiago Nunes, em algum momento, teve o controle do jogo. Afinal, o Corinthians teve a bola sob seu domínio em 54% do Derby.
No entanto, com exceção a um chute no travessão de Otero, que pegou sobra de escanteio, Weverton praticamente não foi incomodado. Por outro lado, o Palmeiras agrediu, e muito, com uma estratégia definida, vertical e de velocidade.
Antes de Fagner levar o cartão vermelho, o Palmeiras finalizou 12 vezes, sendo quatro delas no gol de Cássio. O Corinthians conseguiu apenas dois chutes no alvo, além de outros dois para fora.
No segundo tempo, quando o desequilíbrio numérico de atletas no gramado, de fato, pesou, foram mais oito finalizações do Verdão, contra cinco dos corintianos.
Nas duas partes do jogo, o Corinthians trocou mais passes que seu arquirrival, mas quando olhamos para as estatísticas que registraram disputas de bolas vencidas, disputas pelo alto, desarmes, interceptações, contra-ataques e finalizações de dentro e de fora da área, o Palmeiras levou vantagem em todos os quesitos.
Pode-se dizer que Rómulo Otero foi quem se salvou na atuação do Corinthians. O venezuelano foi substituído depois de jogar por 72 minutos e acabou responsável por cinco finalizações (três no gol e duas para fora). Ao todo, a equipe alvinegra finalizou 10 vezes (quatro no gol, quatro para fora e teve outros dois chutes travados).