Corinthians passa ano sem título, mas se transforma e começa 2022 cheio de esperança - Gazeta Esportiva
Corinthians passa ano sem título, mas se transforma e começa 2022 cheio de esperança

Corinthians passa ano sem título, mas se transforma e começa 2022 cheio de esperança

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

01/01/2022 às 07:00

São Paulo, SP

Sabe aquela sensação de estar numa montanha russa? Pois foi exatamente assim que o torcedor do Corinthians se sentiu durante a temporada 2021.

Sob nova direção e com sérios problemas financeiros, o alvinegro do Parque São Jorge ligou o sinal de alerta logo de cara.

Na Copa Sul-Americana, ainda na primeira fase e com duas rodadas de antecedência, a equipe já não tinha mais chance de classificação.

A situação piorou logo na sequência. Dentro de casa, o Corinthians caiu em Itaquera na semifinal do Paulistão, justamente para o Palmeiras. Aí já sabe, né?

 

Vagner Mancini foi demitido logo após o Derby, mas, independentemente do técnico, o Corinthians não inspirava confiança. Com o Brasileirão batendo na porta, o clima era de apreensão.

Para virar essa página e começar tudo do zero, a diretoria corintiana foi atrás de Renato Gaúcho e Diego Aguirre, mas acabou fechando mesmo é com Sylvinho, cria do Terrão, mas ainda novato na função de técnico.

A primeira impressão não foi nada boa. Com 10 dias de trabalho, Sylvinho sofreu o baque de outra eliminação precoce, dessa vez pela na terceira fase da Copa do Brasil, para o Atlético-GO.

Devagarzinho, pouco a pouco, as coisas foram melhorando. Primeiro, o presidente Duilio Monteiro Alves fez a limpa no elenco. Entre rescisões, dispensas e empréstimos, 22 jogadores deixaram o Corinthians.

Em campo, o time conseguiu sair do meio da tabela, virou o primeiro turno em sexto lugar e, quando ninguém imaginava, o clube foi ao mercado e contratou quatro grandes reforços.

As chegadas de Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian mudaram completamente a perspectiva no Timão.

E para alcançar esse objetivo, mais uma vez a Fiel teve papel fundamental.

A partir do momento que a Neo Química Arena teve sua capacidade máxima liberada ao público, o Corinthians teve média de quase 40 mil torcedores por jogo.

E com a torcida de volta, o Timão foi avassalador: conseguiu sete vitórias e um empate, o que rendeu uma aproveitamento de mais de 90%.

Mas, se em Itaquera o Corinthians embalou, como visitante o time de Sylvinho não conseguiu vencer nenhum jogo fora de casa no segundo turno.

Isso só tinha acontecido uma vez, em 2018, ano que o clube lutou para não cair.




Com Sylvinho no comando, o Corinthians conseguiu 15 vitórias, 13 empates e sofreu 12 derrotas. O aproveitamento ficou abaixo de 50%.

Na temporada toda, foram 62 jogos, 27 vitórias, 19 empates e 16 derrotas: aproveitamento um pouco abaixo dos 50%.

Jô, mesmo tão criticado, terminou 2021 como artilheiro e líder em assistências do elenco.

Apesar de tanta oscilação e de forte pressão externa, a diretoria do Corinthians já avisou que não vai ter mudança no comando para o início de 2022.

Agora é esperar para ver. Fora de campo, o clube está colocando a casa em dia, com cortes de despesas, balanços financeiros no azul e muito investimento em marketing.

No gramado, a verdade é que o tal "quarteto mágico" ainda não engrenou.

Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian estiveram juntos, em campo, em apenas cinco partidas, e por 285 minutos. Isso dá um pouco mais de três jogos inteiros.

Para o ano que vem, o papo é outro. Nada de trocar pneu com o carro andando. Todo mundo vai ter férias e pré-temporada. O elenco ganhou o reforço de Paulinho e ainda aguarda por um centroavante importante.

Ou seja, o sarrafo da exigência vai estar lá em cima. Depois de temporadas difíceis, enfim, o Corinthians espera voltar a ser protagonista no Brasil e, quem sabe, na América.



Números com Sylvinho:
15 vitórias
13 empates
12 derrotas
48,3% de aproveitamento.

Números da temporada:
62 jogos
27 vitórias
19 empates
16 derrotas
77 gols pró
57 gols contra
53,7% de aproveitamento.

Gols e assistências:
Artilheiro: Jô - 10
Mais assistências: Jô - 7

Números gerais:
-Aproveitamento em casa com torcida: 91,6%
-239.893 pessoas foram à Neo Química Arena em 8 jogos
-Média da Arena com capacidade máxima liberada ao público - 39.822.
-Renda total com bilheteria: R$ 14,5 milhões

Conteúdo Patrocinado