Conselheiro do Corinthians diz que contas de 2019 devem ser reprovadas - Gazeta Esportiva
Conselheiro do Corinthians diz que contas de 2019 devem ser reprovadas

Conselheiro do Corinthians diz que contas de 2019 devem ser reprovadas

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

01/04/2020 às 05:00

São Paulo, SP

O Corinthians votaria no dia 23 de março pela aprovação ou reprovação das contas de 2019. A reunião do Conselho Deliberativo teve de ser adiada devido ao combate a Covid-19 e ainda não tem nova data para acontecer.

Apesar da paralisação momentânea, os membros do órgão fiscalizador estão em contato e agindo. Em entrevista ao PodcasTimao, Max Anselmo Carvalho, conselheiro ligado a uma chapa de oposição, falou sobre o clima nos bastidores.

O presidente Andrés Sanchez já ameaçou antecipar as eleições presidenciais, marcadas para novembro, caso as contas sejam reprovadas (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)

“Essas contas têm de ser reprovadas. Gastaram 222 vezes a mais do que o previsto. A gente vai quebrar. Com R$ 20 milhões de dívida todo mês não dá. É complicado”, comentou o contador, que vive seu primeiro mandato apesar de ter 15 anos de envolvimento na política do clube. “A reprovação vai mostrar que o Conselho está fiscalizando o órgão executivo. E com a reprovação é vida nova. O que vai acontecer? Não sei. Mas, tem que mudar, o mundo está mudando”.

Suplente no Conselho Fiscal à época de Roberto de Andrade como presidente, Max Anselmo Carvalho chegou a dizer que o Corinthians precisa de um Bandeira de Mello, em referência ao mandatário flamenguista responsável por colocar as contas rubro-negras em dia antes da ascensão financeira e futebolística do clube carioca.
“São R$ 25 milhões de dívidas todo mês. Não estamos conseguindo fechar a torneia. Quem vai ser o Bandeira de Mello do Corinthians? Vai ser aquele que fechar a torneira e falar: ‘vamos ficar dois ou três anos sem ganhar título nenhum’. Temos de fazer isso”.

Ex-lutador de taekwondo do Corinthians, Max também se mostrou a favor do ‘clube empresa’, com capital aberto, reclamou pela ausência de acesso a contratos e documentos e valorizou a importância da manutenção dos esportes olímpicos.

O déficit do Corinthians previsto para 2019 é de R$ 170 milhões.




 

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