“Espero que não aconteça o que aconteceu em 2007, chegar a cair para depois se reerguer. Acho que ainda dá tempo para repensar muitas coisas dentro do clube e reverter essa situação. Já não é um começo de ano muito bom, não começou bem o Campeonato Paulista e corre um sério risco de rebaixamento no Estadual. Acho que a diretoria e comissão técnica tem que sentar, conversar e ver onde estão errando para não acontecer o rebaixamento como em 2007. A gente só tem escutado notícias de dívidas e isso não é legal, o torcedor fica chateado. Dentro de campo as coisas também não estão acontecendo. Precisa rever muitas coisas e mudar isso, porque ainda dá tempo”, opinou.
Chicão foi contratado pelo Corinthians em 2008 para disputar a Série B e participar do retorno à elite do futebol brasileiro. Nas quase seis temporadas em que jogou pelo Timão, o zagueiro não só participou da reconstrução, mas se tornou um dos grandes ídolos do clube, conquistando Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial de Clubes.
Em 2013, ano em que saiu do Corinthians, Chicão entrou com uma ação no Tribunal Superior do Trabalho pedindo uma indenização por 5% dos direitos de arena que não recebeu. Em 2018, oTimão foi condenado a pagar R$ 2 milhões ao zagueiro e o caso se tornou público. O ex-jogador esclareceu o assunto e mencionou um episódio com o Flamengo, clube em que jogou após a passagem pelo Alvinegro.
“Eu entrei com o direito de arena, não com adicional noturno ou jogos de final de semana, isso daí eu jamais entraria porque quando eu assinei o contrato eu sabia que era isso que eu iria fazer. Eu recebi 15% e queria saber aonde foram parar os outros 5%, porque esse dinheiro é do atleta, isso é lei. Já procurei pessoas do clubes para conversar sobre isso e não deram atenção, não falaram nada, então fui procurar meus direitos. Tenho um respeito muito grande pelo clube, não por algumas pessoas que o dirigem. Eu cito até o Flamengo porque eu sai de lá e ficaram me devendo sete meses de direito de imagem. Eu liguei no Flamengo e foi muito simples, resolvemos a situação e não precisou de nada disso", afirmou.
Por fim, Chicão falou sobre sua relação com Andrés Sanchez, o atual presidente do Corinthians.
“Eu nunca tive nada com ele, se tivesse eu falaria agora. Nunca tive desavença, não tenho nada contra, não guardo mágoa. Mas é um cara que eu não tenho um carinho especial e se for pra fazer algo pelo clube eu faço, por ele não”, concluiu.