Cássio defende Coelho e diz que não teria problema em se reunir com organizadas do Corinthians - Gazeta Esportiva
Cássio defende Coelho e diz que não teria problema em se reunir com organizadas do Corinthians

Cássio defende Coelho e diz que não teria problema em se reunir com organizadas do Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

06/10/2020 às 15:00

São Paulo, SP

Capitão, ídolo e experiente, Cássio apareceu na sala de imprensa do CT Joaquim Grava na tarde desta terça-feira para atender a imprensa em entrevista coletiva virtual.

Em aproximadamente 50 minutos de perguntas e respostas, o camisa 12 do Corinthians fez questão de exaltar o comando de Dyego Coelho e Mauro da Silva, técnico e auxiliar neste momento.

“Eu sou jogador, tenho que, assim quando chega um técnico ou não, tenho que jogar futebol, me dedicar ao máximo, não cabe a mim decidir. Temos hoje duas pessoas, Coelho e Mauro, que se tratando de experiência, conhecem bem o clube, jogaram pelo clube, foram campeões pelo clube, são preparados para o estilo Corinthians”.

Ciente de que a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, agendou um protesto na porta do CT para acontecer durante o treino desta tarde, Cássio, que recentemente foi hostilizado pela mesma torcida em um desembarque, no aeroporto de Guarulhos, deixou claro que não teria problemas em conversar com os mesmos torcedores.

“Para mim, não teria problema nenhum, algumas vezes conversei com as pessoas. Sobre líderes de organizadas, esse episódio do aeroporto está no passado, tenho uma idade para saber definir o que são coisas boas ou ruins e seguir em frente. Não teria problema nenhum”.

Confira outros trechos da entrevista de Cássio:


Técnicos que precisam de mais ou menos tempo
Honestamente, essa pergunta tem que ser para um treinador. Não sei responder, não sei como as coisas acontecem em outros clubes. Sobre o Sampaoli, quantos jogadores foram contratados, quanto investimento alto foi feito no clube, há uma série de situações, é muito difícil de responder, quem poderia responder é um técnico, eu sou só um jogador, por mais que eu tenha experiência no clube, é difícil. Sei que o momento não é bom, temos de evoluir, tivemos algo parecido no Paulista, quando conseguimos reagir, dar a volta por cima e chegar à final. É difícil responder isso.

Futebol coletivo de jogadores renomados
Nós estamos oscilando e sempre falei, time que quer ir bem no Brasileiro, não pode oscilar em casa. Olhando para a tabela, se tivéssemos não oscilando em casa, estaríamos lá em cima. Com 30, 40 mil pessoas, estaríamos melhor, sei que ninguém tem,, mas todos sabem a força da torcida do Corinthians, a diferença que faz. Coelho está fazendo um bom trabalho, estamos evoluindo, eu vinha tomando muito chute no gol, agora temos dois jogos sem tomar gol, eu pegando pouca bola, deu uma mudada, temos de evoluir, precisamos ganhar, amanhã temos jogo importante, temos de nos impor, temos de perder o menor número de jogos em casa e buscar pontos fora.

O que fazer para melhorar
Uma as primeiras é parar de tomar gol, temos criado chances, a gente tem melhorado defensivamente, da maneira que o professor Coelho trabalha. Se pegar o histórico, o Corinthians nunca foi de marcar muitos gols, mas quando temos chances temos de fazer. Não é recado ao pessoal da frente, porque eles têm nos ajudado atrás, acho que o momento não é legal, estamos oscilando no campeonato, não adianta ficar lamentando, é olhar para frente, tentar melhorar. Temos time para estar numa posição melhor, temos uma final quarta-feira em busca de uma vitória. Pelo time que temos, temos que brigar lá em cima, entre os primeiros.

Comparação com piores momentos
Bem longe, o mais delicado até hoje foi quando eu perdi minha posição em 2016, porque você não está em campo para ajudar a sua equipe, creio que em 2018 também ficou numa situação ruim, mas estamos no começo do campeonato, lógico que temos de buscar, todo jogo tem de ser uma batalha, tem bastante coisa pela frente, está longe se ser o pior momento.

Sobre a saída do Tiago Nunes
É ruim troca de treinador, porque você inicia uma maneira de trabalhar, se adapta a situações e ter muita mudança não é bom. Temos algumas mudanças positivas, casos do Tite, do Mano, que foram para Seleção, Fábio saiu a primeira vez por uma proposta, mas lógico que quando tem uma continuidade é legal. Sobre o Tiago, você se dedica ao máximo, vi todo mundo tentando se dedicar, pra mim também foi um aprendizado muito bom, com o professor Tiago, se pegar meus números, com ele, números de jogadores que jogam na Europa, números de acertos em passes muito bons, mas certas situações não cabem aos jogadores, me cabe tentar ajudar, mas tem coisas que não são da minha alçada, nem cabem a mim, por isso existe diretor, presidente. Desejo sucesso para onde ele for, é um cara que eu evoluí, cresci, vou desejar sucesso pra ele onde ele for trabalhar. Vida que segue, hoje nosso treinador é o Coelho, tem evoluído, até porque tanto ele quanto o Mauro são caras que conhecem muito bem o Corinthians, sabem como saem as coisas aqui.

Jogar sem torcida e protesto
Se a gente for falar tudo que é falado da torcida, tamanho, força, para nós, não que seja desculpa, mas a nossa é diferente, empurra, em certos momentos, a equipe adversária num momento muito bom e a nossa torcida começou a gritar e ajudou a virar jogos, incentivar os meninos no jogo, é diferente jogar assim, é uma atmosfera diferente, hoje é um campo neutro, não tem fator torcida, hoje você escuta tudo que os treinadores falam, concentrar. Aqui tem cobrança, mas nos 90 minutos é só apoio, vocês sabem, faz diferença. Sobre o protesto, espero que não tenha violência, nada. Há cobrança pelo momento, mas nós temos de nos preocupar em melhorar o Corinthians dentro de campo.

Blindar os jovens
Tentar ajudar, conscientizar os meninos, muitos que chegaram com cinco, seis anos no Corinthians, já conhecem o Corinthians, já sabem como funciona o Corinthians, sabem como é, a gente tem essa função de mostrar como é, dar suporte, confiança, tentar ajudar e que eles tenham personalidade. Eu não cheguei onde cheguei sozinho.

Futebol mais defensivo
Se tiver 30, 40 chutes, tenho que defender, estou aqui pra isso, esse é meu trabalho. O que eu puder fazer para não tomar gol, vou fazer. Quando toma gol a culpa é geral, quando faz também. Temos de trabalhar, cometer menos erros, sermos mais decisivos, lá atrás continuar sendo sólido, não tem muita coisa, tem que continuar trabalhando, entrega de todo mundo, Coelho vem corrigindo, mostrando, conversando bastante com todo mundo. Corinthians não tem meio termo, temos de buscar ficar bem.

Apoio ao Coelho
Primeiro é tentar não tomar gol para ajudar ele. Temos de conseguir as vitórias. Temos de ter uma organização, ter os jogadores, 90 minutos para fazer gol, não adianta ser de qualquer jeito, é se dedicar, se entregar, como estamos fazendo. Não é só o Coelho. Quando acontece no Corinthians no time não ganhar, a pressão vai pra cima de qualquer um, todos que eu peguei aqui passaram por isso.

Cobrança entre os jogadores
Nos cobramos muito, no vestiário conversamos muito. Na questão de gritar no campo, vai do perfil dos jogadores, a pressão é por ser mais resistente, regular, sempre existiu, tem muita coisa que acontece dentro do vestiário que vocês acabam não fazendo parte, mas a cobrança é grande.


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