Capetinha evita culpar André por queda: "Falta individualidade" - Gazeta Esportiva
Capetinha evita culpar André por queda: "Falta individualidade"

Capetinha evita culpar André por queda: "Falta individualidade"

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero e Tomás Rosolino

06/05/2016 às 10:28

São Paulo, SP

Edilson diz que faltou individualidade aos jogadores do Corinthians (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Edilson diz que faltou individualidade aos jogadores do Corinthians (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


A sina de eliminações do Corinthians  na Libertadores teve André como o vilão da vez, mas aqueles que viveram outros momentos trágicos da história do clube no torneio continental se negam a ver o camisa 9 como único responsável pela queda diante do Nacional-URU, na última quarta, em Itaquera. Para o atacante Edilson, o Capetinha, que disputou as edições de 99 e 2000 pelo clube, caindo justamente nos pênaltis para o Palmeiras em ambas ocasiões, crucificar o jogador seria algo injusto.

"Eu assisti o jogo. Não vou dizer que foi desclassificado por causa do pênalti do André. Eu fui profissional, sei como é que é, os goleiros estão cada vez maiores, estudam todos os nossos movimentos, sabem onde a gente vai bater. Está cada vez mais difícil. Mas eu não gostaria que culpassem só a mim, assim como não vou fazer com ele", disse o avante à Gazeta Esportiva, apesar de reconhecer a gravidade do erro.

"Ele bateu, bateu mal e acabou prejudicando. Acontece. Acredito que se fizesse seria uma boa chance de empatar e pressionar até o final. Infelizmente, não deu. Bola para frente", analisou o jogador. Para ele, falta ao time do técnico Tite ter "craques" que chamem a responsabilidade no momento de decidir, como na sua época. Naquele biênio, o Alvinegro possuiu nomes como Dida, Gamarra, Vampeta, Rincón, Marcelinho Carioca, Ricardinho e Luizão, além do próprio Edilson.

"Ah, com certeza faltou. Mas também não dá para comparar a minha época com a de hoje. Acho que nós formamos um dos melhores times da história do clube, tinha vários jogadores de Seleção Brasileira e de outras também. Bastante eclético, jogadores com diversas características em todas as posições. Hoje você vê muito mais um coletivo tentando jogar, mas do outro lado também tem o coletivo, né? Aí fica complicado. Um anula o outro. Falta a individualidade, coisa que a gente tinha antes", observou.

Para o Capetinha, no entanto, a Fiel pode ter esperança que o atual elenco repita ao menos um feito do esquadrão do final do século passado. Naquela ocasião (assim como em 2011 e 2015), após ser eliminado, o time se reergueu e conseguiu buscar o título de campeão brasileiro no final do ano.

"Tudo pode acontecer. O Brasileiro é mais difícil, bem mais longo, com vários times em condições iguais. Acredito que o Corinthians é um dos favoritos, sim", encerrou o avante.

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