Balanço mostra que Jô, apesar de livre no mercado, não voltou de graça ao Corinthians - Gazeta Esportiva
Balanço mostra que Jô, apesar de livre no mercado, não voltou de graça ao Corinthians

Balanço mostra que Jô, apesar de livre no mercado, não voltou de graça ao Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

28/03/2021 às 08:00

São Paulo, SP

Jô foi anunciado como reforço do Corinthians em junho de 2020. O centroavante acertou seu retorno ao Timão depois de ter o contrato com o Nagoya Grampus rescindido.

Com o jogador livre no mercado, o Corinthians enxergou a oportunidade de concretizar o negócio sem a necessidade de arcar com multa rescisória ou qualquer compensação financeira ao clube japonês.

Mas, Jô não voltou ao time de Itaquera de graça, como muitos imaginavam.

O balanço financeiro corintiano referente ao ano passado, divulgado na madrugada desse sábado, mostra que o Corinthians se comprometeu a pagar R$ 2,3 milhões ao firmar vínculo com o atleta até o fim de 2023.

O clube iniciou 2021 tendo amortizado apenas R$ 280 mil dessa dívida. Portanto, ainda falta acertar R$ 2.020 milhões.

 

Dívida passada
Além do custo assumido na última operação envolvendo Jô, o Corinthians deve valores ao jogador relacionados a passagens anteriores.

A revelação do acordo costurado na assinatura do contrato foi feita por Matias Ávila, diretor financeiro do Corinthians à época, durante entrevista à Fox Sports.

“Tínhamos um compromisso passado com o Jô que renegociamos para pagar durante o contrato dele” (...) “Não é por isso que o contrato é de três anos e meio. Mas, durante um tempo, nós vamos pagar o salário e parte da dívida que tínhamos com o Jô, a partir de janeiro (de 2021)”.

Condenação na Fifa
Em novembro, quatro meses após a chegada de Jô, o Corinthians se viu condenado pela Fifa a pagar 3,4 milhões de dólares (R$ 19,5 milhões na cotação desse sábado) ao Nagoya Grampus.

O vínculo de Jô com os japoneses iria até janeiro de 2021 e foi quebrado em junho de 2020. À época, o Nagoya confirmou a rescisão e admitiu que teve a iniciativa.

Os japoneses, no entanto, se irritaram com o fato de Jô não ter ido mais aos treinos a partir de janeiro de 2020. O atleta, por outro lado, se defende e lembra que o campeonato estava suspenso e os jogadores liberados devido ao coronavírus. Jô decidiu voltar ao Brasil quando soube que a fronteira seria fechada e também para não ter o tratamento de uma lesão interrompido.

O grande trunfo corintiano nessa história é o fato de Jô ter assinado contrato após a rescisão com o Nagoya. Ou seja, o atacante estava, de fato, livre no mercado.

Na Corte Arbitral do Esporte (CAS), o clube paulista espera ser desvinculado de qualquer decisão.

Em dezembro de 2017, os o Nagoya tirou Jô do Corinthians por 11 milhões de euros (R$ 43 milhões, na ocasião).

Em campo
Na atual temporada, Jô fez cinco jogos, quatro deles como titular, e marcou um gol, em rebote de uma cobrança de pênalti.

Em 2020, ele participou de 34 jogos e anotou oito gols.

A fase não é boa e a dificuldade para readquirir o melhor condicionamento físico aos 34 anos tem sido o grande obstáculo para a cria do Terrão, que com a camisa alvinegra conquistou dois Brasileiros (2005 e 2017) e dois Paulistas (2003 e 2017). Em 219 partidas pelo Corinthians, Jô soma 52 gols.


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