Avelar derruba todas as “desculpinhas” e garante Corinthians preparado para o Derby - Gazeta Esportiva
Avelar derruba todas as “desculpinhas” e garante Corinthians preparado para o Derby

Avelar derruba todas as “desculpinhas” e garante Corinthians preparado para o Derby

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

21/07/2020 às 15:30 • Atualizado: 21/07/2020 às 15:38

São Paulo, SP

Estádio vazio, pressão pelo resultado, desfalques, ter um clássico logo de cara, tempo de paralisação. Nada disso serve de “desculpa” para o Corinthians não entrar em campo nesta quarta, na Arena de Itaquera, e vencer o Palmeiras. É assim que pensa Danilo Avelar, escolhido para dar entrevista coletiva por videoconferência nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava.

“Voltar com um clássico é uma cereja do bolo. O cara que ama o futebol vai voltar com o olho brilhando. A gente vem bem mais motivado, confiante. Analisei de fora, o que é interessante também. O time está motivado e confiante, certeza que amanhã a gente pode dar o nosso melhor e dar o resultado”.



Leita toda a entrevista de Danilo Avelar antes do Derby:


Retorno após 4 meses

“Óbvio que é um momento bem delicado, uma abstinência do futebol, todo mundo ficou sentindo essa falta, foi até interessante para saber o que o futebol representa nas nossas vidas, essa falta. A torcida não pode ir ao estádio ainda, mas você pode ter em casa, dentro desse entretenimento. O cara que ama o futebol vai voltar com o olho brilhando. Clássico deixa de lado todos os problemas, questões burocráticas, todo mundo esquece, e para nós não é diferente. Quando você entra em campo num clássico é diferente, tem um ânimo acima de tudo, não vamos ter a torcida, isso seria um diferencial, seja para nós, para o time adversário, faz diferença, mas temos de encarar, fazer nosso melhor, trazer essa alegria para a gente e para nossa torcida também”.

Oportunidade avaliar o trabalho

“Um calendário normal não teríamos esse tempo, jogo atrás de jogo, você não consegue analisar, o Tiago teve pouco tempo para mostrar o time da maneira que ele veio, táticas, adaptações... Esse momento foi importantíssimo pelas reuniões online, reuniões individuais, para o Tiago começar a sentir e entender, como o jogador se sente melhor em campo, teve essa aproximação, apesar da distância. A gente vem bem mais motivado, confiante. Analisei de fora, o que é interessante também. O time está motivado e confiante, certeza que amanhã a gente pode dar o nosso melhor e dar o resultado”

Posição complicada na tabela

“Se tratando de um time que foi campeão três vezes seguidas e sair na primeira fase não é justo com a gente e não é justo com a nossa camisa, temos plena consciência que deixamos a desejar e podemos reverter. É difícil, pode ser, mas não é impossível, porque matematicamente não foram descartadas todas as possibilidades. Tem de torcer por resultados, o que é normal, e pode ter certeza que se o Corinthians classificar, ele vem para assustar muita gente”.

Estrear como zagueiro em um Derby

“Nem eu estou sabendo da escalação. Você já me colocou como titular e nem eu sei” (risos).

“Precisa de tempo, isso é inevitável. Só craques conseguem da noite para o dia demonstrar o maior potencial, mas me senti seguro, tenho companheiros que vão me ajudar, uma comissão que sempre me passa dados, números, vídeos, consigo ver meus erros nos treinamentos, é ali que a gente corrige, e não consigo te dizer de tempo. Se for puxar os dados da Flórida Cup, eu tive 100% de acerto nos passes, algo que eu não imaginava. Tudo depende de como o time está encaixado em campo, como o adversário te exige, é difícil falar em tempo, porque no futebol não existe tempo, é tudo pra ontem. Se eu tiver a possibilidade de jogar esse clássico amanhã, vou dar meu melhor”.

Vantagem de quem já está jogando

“Sim, times que começaram o campeonato antes tendem a ter uma performance mais leve, solta, tem mais ritmo de jogo, teve jogos antes para poder errar e corrigir. Nós ainda não tivemos, óbvio que isso dá um diferencial, mas não pode servir de desculpa. Exemplo disso é o Paulista, que quando começa os times do interior tem uma vantagem porque estão mais treinados e a gente voltando de férias, mas no campo tem que mostrar e não tem conversa”.

Como deve ser a volta

“Se a gente for olhar os primeiros jogos, acho que foi na Alemanha que começou, você via um ritmo mais devagar, uma cautela maior, mais lenta, não sei se é falta de torcida, não embala. Confesso que estou curioso, acho que nunca teve isso, quatro meses de paralisação e uma volta num clássico. É estranho até para nós. Temos que encontrar um equilíbrio físico e mental, vai ser novidade até para nós em termos de ritmo, velocidade de jogo”.

Lembrança de ter decidido Derby de 2019

“Que seja exatamente igual o ano passado, não necessariamente com meu gol, mas com uma vitória. Só quem jogou um clássico sabe o gosto sensacional, foi um dos dias mais marcantes da minha vida, pela proporção que tomou, pelo momento que eu passava, que o clube passava, consegui buscar título, respeito maior. Um clássico pode mudar a trajetória de um atleta”.

Condição na nova posição

“Partida oficial como zagueiro ainda não fiz, o máximo que joguei foi um tempo, 45 minutos no Torino e um tempo na Flórida Cup. Parece que é próximo lateral de zagueiro, mas exige uma atenção redobrada, movimento de corpo, tenho procurado perguntar, pesquisar, errar de propósito para ver o que pode dar de consequência para não fazer no campo. Chegar aos 100% exige jogos. Fisicamente, mentalmente, confiante? Sim. Mas, o jogo te permite muitas coisas”.

Desfalques no Palmeiras

“Óbvio que a gente sabe da qualidade dos dois jogadores, da história do Dudu no Palmeiras, do Rony no Athletico, mas quem joga no Corinthians tem de estar preparado, não podemos nos apegar a um atleta ou outro, e achar que vai ser fácil. Eles têm um elenco bom e temos de olhar para nós”.

Zagueiro ou lateral?

“É uma dúvida que as vezes até eu pergunto. Óbvio que estou na zaga agora, mas se precisar fazer lateral, vou estar pronto também, em base do que o treinador pedir vou dar meu melhor”.

Condição atual do elenco

“Precisa de jogos, tudo, é uma novidade, vai exigir, mas se tem clássico não tem como dizer que não vai estar pronto, mentalmente é o principal, se tiver isso alinhado 100% pode ter certeza que a parte física, tática, técnica, vai sair naturalmente, saber da importância do clássico, a gente vai conseguir ter uma boa performance.

Retorno em Derby

“Às vezes o destino prepara a gente para coisas que a gente não sabe nem explicar. No futebol, se você não estiver preparado a oportunidade, ela passa e você perde. Tudo na vida tem um por quê. Se eu tive essa oportunidade de voltara jogar depois de uma lesão, essa pandemia louca, poder jogar esse clássico vai ser um presente que o destino vai me dar, talvez por mérito, destino, respeito, mas não só eu, como todos os atletas”.

Estádio vazio

“Jogar com estádio vazio é ruim não te dá o mesmo ânimo de quando a torcida está ali, está empurrando, acelerando, colocando pressão no adversário, mas, infelizmente não tem o que fazer, as regras são essas e a gente não pode chegar em campo e não fazer por merecer porque não tem torcida. É a nossa cara, nome que está em jogo, a camisa que está em jogo. A energia está vindo de casa, é entender isso”.

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