Cleber Xavier escancarou os problemas que o Corinthians enfrenta em uma entrevista concedida à Rádio Grenal. Às vésperas da estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio, o auxiliar do técnico Tite confirmou a iminência de um novo desmanche e ainda expôs algumas fraquezas do time que fracassou no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores da América.
“Podem ter certeza de que, quando a janela abrir, teremos mais um desmanche. Essa é a realidade do futebol brasileiro. Somos conscientes e trabalhamos em cima disso. Temos o mercado da China se abrindo, além das equipes da Europa buscando jogadores nossos. Precisamos fazer um time a casa semestre. Foi assim no Internacional, no Grêmio e aqui”, lamentou Xavier.
Do time titular que conquistou o Campeonato Brasileiro de 2015, o Corinthians perdeu o zagueiro Gil, o volante Ralf, os meias Jadson e Renato Augusto e os atacantes Malcom e Vagner Love (o goleiro Cássio também ficou muito próximo de sair). Desta vez, os mais cotados a deixar o clube são o zagueiro Felipe, na mira do Porto, de Portugal, e o meio-campista Elias, ainda atraído pelo futebol chinês. Entre os reservas, o contestado lateral direito Edílson está muito próximo de se transferir para o Grêmio.
“Se me perguntarem qual é o time titular do Corinthians hoje, não sei dizer. Um sai, outro se machuca... Então, a gente não consegue definir uma equipe”, disse Cleber Xavier, que notou uma queda técnica em relação a 2015 e acusou a falta de referências no Corinthians em seguida. “As lideranças hoje são Cássio e Elias, jogadores de Seleção, mas que nunca foram líderes. Eles tiveram que assumir porque os principais líderes saíram. É difícil dar um padrão de equipe.”
Explicação
No início da noite desta sexta-feira, Cleber Xavier apareceu na sala de imprensa do CT Joaquim Grava para justificar os seus comentários. “Foram colocados de forma errada, enganosa”, queixou-se.
Segundo ele, ao falar em desmanche, referia-se ao futebol brasileiro de maneira generalizada. “Disse também que o Corinthians não tinha uma equipe definida, como ainda não tem, porque existem as situações do Yago (envolvido em caso de doping) e do Balbuena e do Elias, que estarão com as suas seleções, além da chegada de jogadores”, argumentou.
