Análise: Corinthians confirma eliminação e precisa aprender rápido em semana que continua decisiva - Gazeta Esportiva
Análise: Corinthians confirma eliminação e precisa aprender rápido em semana que continua decisiva

Análise: Corinthians confirma eliminação e precisa aprender rápido em semana que continua decisiva

Gazeta Esportiva

Por Redação

10/08/2022 às 08:00

São Paulo, SP

Por Marina Bufon

O torcedor fez o que podia para acreditar: promessas, ida ao Rio de Janeiro sem ingresso, incentivo na porta do hotel, lotação no setor visitante do Maracanã, gritos e cantos durante o jogo e depois dele… Mas, ainda assim, o Corinthians acabou eliminado pelo Flamengo nas quartas de final da Libertadores, após perder novamente, desta vez por 1 a 0, no Rio de Janeiro.

Ao corintiano, só restava acreditar, afinal, depois dos 2 a 0 na Neo Química Arena e a qualidade incontestável do adversário, um novo Maracanazo parecia improvável, mas nunca impossível. Essa era a aura da torcida - em São Paulo, no Rio, em todos os cantos do país… E, claro, nas redes sociais, onde uma mensagem e um vídeo da organizada Gaviões da Fiel viralizou (e arrepiou muita gente).

Isso até a provável escalação vazar na internet. Foi quase um balde de água fria nessa sensação acima descrita. Apesar de entender algumas escolhas e por que elas foram feitas a esta altura, outras são questionáveis. Por que não entrar, de fato, com força máxima? Vítor Pereira deu todas as respostas na coletiva de imprensa. Para quem quiser ler, basta clicar aqui.

Ainda contrariada, penso que o primeiro tempo foi perfeito… Se o primeiro jogo tivesse sido 0 a 0, em Itaquera. O empate sem gols, na primeira etapa, com a postura apresentada, mostrou o que o Corinthians deveria ter feito em São Paulo.

Mesmo assim, atendo-me aos fatos, o time jogou de "igual para igual" (apesar de não gostar da expressão) e teve duas chances com Adson, em lados opostos, além de insistir na marcação alta, sem deixar o confortável Flamengo jogar - convenhamos, eles não tinham placar para correr atrás.




A luz de alerta ligava pelos lados, por onde o Rubro-Negro teve suas principais chances na primeira etapa, em cruzamentos para Pedro dar uma linda bicicleta e Everton Ribeiro mandar uma cabeçada firme e perigosa. Ainda assim, o torcedor, em qualquer canto, acreditava (com razão) em um gol ou até no empate.

Nos primeiros minutos do segundo tempo, então, isso se confirmou, até com certo domínio e chances, se não agudas, pelo menos existentes. O time do Corinthians precisa chutar mais no gol, isso é fato.

O gol veio no melhor momento do Corinthians no Maracanã e somente depois disso o time se desorganizou, como o próprio Vítor Pereira falou na coletiva. O goleiro Cássio, mais uma vez necessário, fez boas intervenções e, sem Bruno Méndez, expulso, era esperar o jogo acabar.

O grande problema não foi essa partida, porém, foi a da ida, na Arena. Naquela, sim, muita coisa não saiu como o planejado e colocou em risco a estratégia e a atuação da última terça.

Diante de tudo, porém, o clube conseguiu chegar muito longe na Libertadores. Basta olhar os números e confirmar que, sim, o time era limitado perto de outros que estão mais próximos do título. Esses elencos, aliás, ou tem técnicos há mais tempo ou atletas que trabalham juntos por um período bem maior e estão entrosados.

Não é nada de "superação" do Corinthians por ter chegado a uma fase de quartas de final depois de dez anos ou algo nesse sentido, mas raça, entrega e trabalho, trabalho este que, continuo a afirmar, precisa de tempo e planejamento, pré e durante uma temporada, para funcionar.

Agora, resta "levantar a cabeça", porque pela frente ainda tem mais meio ano e duas competições. O ponto negativo é que o futuro delas será decidido logo nesses próximos dias, primeiro em clássico contra o arquirrival no Brasileirão e depois precisando reverter outro 2 a 0, mas em casa, na Copa do Brasil.

É pouco tempo para colocar as ideias no lugar, deixar a eliminação para trás e seguir. Mas tem que ser assim, não tem outro jeito. Se há algum ponto positivo na eliminação é um breve respiro no calendário, algo que Vítor Pereira sempre reclamou bastante.

Conteúdo Patrocinado