Gazeta Esportiva

Análise: Corinthians aplica ensinamentos de Vítor Pereira e faz jogo perfeito contra o Santos

(Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Por Marina Bufon

Assim que o apito soou na Neo Química Arena, na noite da última quarta-feira, o mais confiante dos corintianos não poderia imaginar que, ao final do primeiro tempo, o placar estaria marcando 3 a 0 para seu time diante do Santos, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Um quarto gol ainda seria marcado na etapa complementar.

Quando o apito soou talvez não, mas um minuto depois, sim.

O Corinthians não deu uma chance para tomada de fôlego do rival desde o início, já que sempre se postou no campo de ataque, somente com um ponto laranja atrás da linha do meio-campo – Cássio, que mal tocou na bola durante os 90 minutos (a não ser duas vezes, no máximo, com certo “perigo”).

O primeiro tempo foi perfeito. Não “praticamente”, foi realmente perfeito, tanto no individual quanto no coletivo. Seria injusto dar destaque a este ou aquele jogador, mas Fagner, Cantillo, Mantuan e Willian merecem menção honrosa.

Fagner voltou a ser titular depois de 11 jogos fora e parecia estar jogando sem qualquer restrição (o lateral disse, em entrevista recente, que ainda precisava “voltar aos poucos”); Cantillo foi bem tanto defensiva quanto ofensivamente, com ótimos números; Mantuan, se tivermos que escolher, foi o melhor da noite; enquanto Willian participou de três gols e estava em todos os lugares do campo. Isso, ainda, sem mencionar Giuliano, que balançou as redes duas vezes, e Raul Gustavo, que deixou o seu.

Do outro lado, o que se viu foi um Santos extremamente abatido, sem poder de reação e nem criação, nos 90 minutos de jogo. Nada deu certo, muito por conta, também, da atuação dos donos da casa. O placar poderia ter sido ainda mais elástico, e se isso não aconteceu, não foi por falta de tentativa ou atitude.

Mas, a mim, o que mais pegou foi que, além dos ensinamentos em campo, Vítor Pereira também conseguiu aplicar o que ele sempre quis e já conseguiu realizar em (poucos) jogos: começar com uma equipe forte, fazer o resultado e, no segundo tempo, trocar peças para rodagem e manutenção, evitando lesões.

Ele disse na última coletiva que o Corinthians não tem soluções. Nesta quarta, com alguns retornos, ele mostrou que, com todos (ou quase todos) à disposição, é isso que pode acontecer: um futebol vistoso e coroado no resultado final, resultado este que coloca o time, sim, com um pé nas quartas de final.

Antes disso, porém, há muita coisa pela frente, seja o próprio Santos, pelo Campeonato Brasileiro, já no sábado, seja o Boca Juniors, pela Libertadores, e mais rodadas do Campeonato Brasileiro até 13 de julho, quando acontecerá o jogo da volta, na Vila Belmiro.

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