Agora titular, Cristian cita falta de critérios de Carille e cobrança de filho - Gazeta Esportiva
Agora titular, Cristian cita falta de critérios de Carille e cobrança de filho

Agora titular, Cristian cita falta de critérios de Carille e cobrança de filho

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

24/11/2016 às 19:45 • Atualizado: 24/11/2016 às 21:38

São Paulo, SP

Cristian também citou o apoio de Oswaldo para sua recuperação no Corinthians (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Cristian também citou o apoio de Oswaldo para sua recuperação no Corinthians (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


A entrevista coletiva de Cristian, realizada após o treino desta quinta-feira, no Ct Dr. Joaquim Grava, transcorria em tom protocolar, com o volante traçando e explicando o porquê de seus altos e baixos na temporada. No entanto, quando questionado sobre a relação com o ex-técnico interino Fábio Carille, que voltou ao cargo de auxiliar após a chegada de Oswaldo de Oliveira, o jogador queixou-se de uma suposta falta de critérios para si.

No intervalo entre a saída de Cristóvão Borges e a contratação de Oswaldo, Fábio Carille assumiu interinamente o Alvinegro em seis jogos, dos quais Cristian participou apenas de dois, sempre entrando nos minutos finais da partida.

"Vou deixar claro que o Carille também conversava com todo mundo. Particularmente comigo eu não via alguns critérios. Não tenho nada contra ele, é um cara que me ajudou. Mas eu sou honesto, falo o que penso”, declarou Cristian.

De Oswaldo, por sua vez, Cristian falou em tom de agradecimento e companheirismo. Mesmo não tendo entrado em campo nos primeiros seis jogos do novo treinador, o atleta manteve diálogo com seu superior, que o mandou a campo desde o início do duelo contra o Internacional, na última segunda-feira. O volante agradou na vitória por 1 a 0, treinou entre os titulares nesta quinta e deve continuar em tal condição no confronto com o Atlético-PR, neste sábado, novamente em Itaquera.

“O Oswaldo conversou comigo na semana do jogo contra o Figueirense, teve um papo aberto, bem claro, expôs a situação em que ele estava, disse que eu poderia entrar em alguns jogos e ali eu comecei a criar um pouco de esperança. Quando há essa abertura para falar com o jogador, tem o direito de resposta. O Oswaldo conversou comigo, me deu esperança, em momento algum falou que eu iria jogar, mas pediu para eu continuar treinando porque ele pretendia me utilizar. Sempre estou preparado para quando as oportunidades surgem, sei que a cobrança é grande, e se você não está preparado acaba não agarrando as chances”, contou o jogador de 33 anos.




Em apenas 16 das 65 aparições do Corinthians neste ano, Cristian culpou a lesão durante a pré-temporada nos Estados Unidos por seus momentos de altos e baixos em 2016. O volante ainda queixou-se que as trocas de técnicos o atrapalharam para desempenhar um bom futebol.

"Para mim aconteceram muitas coisas. Me machuquei nos Estados Unidos e foi o período em que as coisas aconteceram, todo mundo sabe. Aí tive de correr atrás. Algumas coisas não estavam indo bem para mim. Depois eu consegui dar a volta por cima e jogar de novo. Já com o Corinthians houve muitos altos e baixos, o Tite foi embora, com o Cristóvão houve oscilações, veio o Carille... Quando mexe muito, as coisas acabam não acontecendo, cada um tem um jeito de trabalhar, até se adaptar, as coisas demoram. Estamos pagando pelo que fizemos no começo do ano”, explicou, revelando ser fortemente cobrado até por seu filho de oito anos.

"É difícil falar de você mesmo, mas tenho minha autocrítica. Em alguns momentos, não por culpa minha, que me machuquei... Machuquei o tendão, que é uma coisa chata, a recuperação é lenta. Mas eu me cobrava muito, queria ajudar de alguma forma. Não só para ser titular, porque a gente tem que respeitar o treinador e as pessoas que estão entrando, mas eu achava que poderia ajudar, e as coisas não estavam acontecendo. Meu filho sempre me viu jogar no Fenerbach e aqui joguei pouco. Criança não mente. Ele é muito duro comigo às vezes, é criança, mas fala a verdade. Então a gente procura melhorar. Eu sabia que poderia dar mais. Com o Tite joguei cinco jogos bem, mas depois me machuquei e não tive mais sequência. Aí volto no que disse: acho que para mim os critérios são diferentes”, reforçou.

"Ele fala muito (risos). Teve jogos que eu não fui bem e ele perguntava para mim por que não estava correndo, me dedicando. Expliquei que não era bem assim. Depois ele foi vendo que as coisas não são do jeito que ele pensava. A cobrança é altíssima”, concluiu.

Com a provável presença de Cristian no time titular, o Corinthians volta a campo neste sábado, às 21 horas (de Brasília), para encarar o Atlético-PR, em Itaquera, pela 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, em um confronto direto por uma vaga na Copa Libertadores de 2017. O Timão ocupa o sétimo lugar, com 54 pontos, um a menos que a agremiação paranaense.

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