"Houve um pedido para o presidente da CBF, eu pedi, os atletas também, o Juninho falou antes da definição. Nós fomos leais e falamos, antes de ser levado ao presidente da República. Colocamos que não gostaríamos", disse Tite, que citou a palavra respeito em relação à situação do país na pandemia da covid-19.
Toda a Seleção Brasileira se manifestou, em um documento oficial após a vitória de terça-feira contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, confirmando a posição contrária à realização da Copa América no Brasil. "Não há desculpa, colocamos e somos contrários à competição. Mas também vamos jogar com exigência", avisou.
A Copa América, antes mesmo do início, já apresenta problemas graves. Um dia antes do jogo contra o Brasil, a Venezuela teve 12 casos de covid-19 confirmados em sua delegação. "A gente queria que não tivesse essas possibilidades e problemas, não só com a Venezuela. É uma organização atabalhoada. Isso aqui não tem viés político, há uma crítica direta à Conmebol e a quem decidiu da CBF ser a Copa América aqui", reforçou o treinador.
Por fim, Tite ainda se manifestou sobre a acusação de uma funcionária da CBF de assédio - sexual e moral - contra Rogério Caboclo, que está afastado da presidência da entidade. O técnico reconheceu a gravidade da situação. "O fato é gravíssimo. Assédio, não. Respeito a coragem da funcionária por um assunto tão complicado. Torço para que a Justiça de todos os envolvidos venha de forma clara e justa", comentou.