Gazeta Esportiva

Ex-presidente do Botafogo, Montenegro voltar a criticar o Flamengo

Em meio a pandemia de coronavírus, os clubes vem se reunindo em videoconferências para tentar criar um protocolo para o retorno dos jogos no Brasil. O ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, vem criticando a postura do Flamengo, que tem buscado de forma mais explícita a volta das competições.

Para Montenegro, o futebol não deve voltar antes da liberação por parte das autoridades. O dirigente argumentou que o técnico Paulo Autuori está no grupo de risco e chegou a citar a tragédia do Ninho do Urubu para destacar a sua postura contrária aos jogos neste momento.

“O Flamengo viveu uma tragédia no ano passado. Não deveria nem colocar isso em debate. Acho que não devemos sequer pensar em protocolos. Por mais que exista qualquer tipo de proteção, as pessoas que saírem do treino vão pegar um ônibus, vão ter contato com as outras pessoas. O Autuori, nosso treinador, tem 62 anos e está no grupo de risco. Porque o futebol é diferente do restante do mundo? Não consigo entender isso. A hora que o Ministério da Saúde disser que pode sair de casa, aí podemos sair. Se serão 15, 20, 40 dias, vamos ver depois. Temos que nos preocupar com a saúde. O Flamengo, que vive uma grande fase e teve um grande drama em 2019, deveria ser o primeiro a se preocupar com isso. Tem que ser grande dentro e fora de campo”, disse ao Fox Sports.

O ex-presidente e membro do Comitê Executivo de Futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, criticou o Flamengo (Foto: Divulgação/Vítor Silva)

O ex-presidente alvinegro acusou os rubro-negros de pressionarem o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para permitir o retorno dos treinos.

“Eu acho que essa doença, essa pandemia, pegou todo mundo de surpresa. A gente não sabe o final disso, isso faz com que todos fiquem agoniados. O que não entendo é a irresponsabilidade forçar um reinício, ficar falando de reuniões de federação de futebol eu acho um absurdo. O Flamengo está forçando uma barra. Você tem uma Olimpiada adiada, eventos centenários como Wimbledon e Roland Garros cancelados, a NBA parada, a Fórmula 1 parada. Para quê ter esse nervosismo para voltarem os campeonatos”, declarou.

O Botafogo, assim como a maioria dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, estendeu as férias coletivas do elenco e comissão técnica até o final de abril.

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