Gazeta Esportiva

Bélgica busca na Eurocopa a sonhada consagração de sua geração de ouro

(Foto: Kenzo Tribouillard / AFP)

Geração de ouro ou geração amaldiçoada? A Bélgica de Romelu Lukaku, Kevin De Bruyne e Eden Hazard espera finalmente erguer um grande troféu, no dia 11 de julho, na Eurocopa, onde vai estrear em um grupo B teoricamente mais fácil, contra Rússia, Dinamarca e Finlândia.

Com o espanhol Roberto Martínez como maestro de orquestra, a Bélgica já deu seu avisou em 2018, terminando em terceiro lugar na Copa do Mundo. Esta Euro se apresenta como uma excelente ocasião para premiar uma geração cheia de talentos e pesos pesados.

A Bélgica estreia na Eurocopa contra a Rússia (Foto: Reprodução/AFP)

A competição é a primeira parte de um tríptico que levará os belgas ao Final 4 da Liga das Nações da Uefa, em outubro, antes do grande desafio da Copa do Mundo do Catar-2022.

O sorteio da Euro foi clemente para a Bélgica, que, no entanto, terá de enfrentar dois dos países “anfitriões”: a Rússia no dia 12 de junho em São Petersburgo e a Dinamarca em 17 de junho em Copenhague. O terceiro jogo da fase de grupos, contra a Finlândia de Teemu Pukki, parece ser mais tranquilo.

Vencer o Grupo B também permitiria que os belgas enfrentassem nas oitavas de final um terceiro colocado de outro grupo, algo que, no papel, abriria caminho para as quartas de final, fase na qual foram eliminados em 2016 inesperadamente para o País de Gales.

Três astros com problemas

Os ingredientes parecem reunidos para que a Bélgica triunfe. O goleiro Thibaut Courtois terminou uma temporada impecável no Real Madrid e o atacante Romelu Lukaku fez sua melhor temporada aos 28 anos, marcando 24 gols com a camisa da Inter de Milão, com a qual foi campeão da Itália.

Entre os outros jogadores que vivem uma grande fase podem ser citados Youri Tielemans, Yannick Carrasco (campeão da LaLiga espanhola com o Atlético de Madrid) e Dries Mertens (muito querido no Napoli), mas também jogadores emergentes como Jeremy Doku, do Rennes.

No entanto, outros grandes nomes tiveram contratempos no caminho para a Euro. Seu melhor jogador da temporada e organizador das jogadas, Kevin De Bruyne, deixou o campo no fim de maio na final da Liga dos Campeões perdida para o Manchester City, vítima de duas fraturas faciais, e vai iniciar a Eurocopa com esse problema e certamente com uma máscara protetora no rosto.

Outra estrela da seleção, o capitão Eden Hazard, teve duas temporadas difíceis no Real Madrid, marcadas por várias lesões e críticas recorrentes à sua atitude ou peso. O meia vai começar a Eurocopa com falta de ritmo e torcendo para que suas coxas e tornozelos não tornem sua tarefa ainda mais difícil.

Já Axel Witsel iniciará a competição, na melhor das hipóteses, no terceiro jogo da fase de grupos, após uma ruptura do tendão de Aquiles em janeiro.

Três situações que colocam em apuros Roberto Martínez, que terá no banco um “reforço” anunciado no final do mês passado, o do francês Thierry Henry, que voltará a ser seu assistente durante o torneio. O ex-jogador de 43 anos já havia trabalhado com Martinez em 2016 e 2018. Ele então deixou a comissão técnica dos Diabos Vermelhos para assumir as rédeas do Monaco, mas foi demitido poucos meses depois.

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