Gazeta Esportiva

Sette Câmara detalha problemas financeiros do Atlético-MG durante paralisação

Em função da suspensão das competições nacionais, muitos clubes tiveram de realizar ajustes na parte financeira para amenizar os impactos causados pela pandemia do coronavírus. No Atlético-MG, a situação não foi diferente.

Em entrevista à Fox Sports, o presidente Sérgio Sette Câmara deu detalhes dos danos nas finanças do Galo por conta da paralisação dos campeonatos e das dificuldades na aquisição de receita.

“Acho que não tem muito segredo. A situação do Atlético é muito similar a da maioria dos clubes. Não há absolutamente nenhuma receita mirabolante. Os times estão sem a receita das bilheterias. O mercado para a venda de jogadores, que considero a maior fonte de arrecadação dos clubes, fechado. Então, sem esses mercados, estamos também sem a receita de negociação de atletas”, destacou Sette Câmara.

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG (Foto: Pedro Souza/CAM)

“A televisão fez uma proposta que reduz significativamente o valor que temos a receber. Não temos venda de camisas nem sócio-torcedor. Então, se não tem receita, não tem muito segredo. A dificuldade é muito grande”, acrescentou.

O presidente ainda explicou como o clube vem se mantendo nesse período, ressaltando que a situação está complicada. “No nosso caso em especial, tínhamos até algum montante para sobreviver durante algum período, mas tivemos um problema junto à Fifa e tivemos que honrar. E por conta da crise, o valor a ser pago teve um aumento de 30%. Então o aperto é muito grande”.

“Estamos tentando encontrar algumas soluções paliativas, aplicando a medida provisória naquilo que é possível, e acreditamos que vamos conseguir passar a duras penas por esse período. As coisas só tendem a ter alguma normalização com a volta do futebol, que eu acredito que só vá acontecer a partir de julho, e olhe lá”, concluiu.

Sette Câmara também esclareceu como a medida provisória foi implementada no Galo. “Estamos aplicando a medida provisória não só no tocante questão de suspensão (dos contratos de patrocínios), mas também na redução de 25%. Aqui nós fizemos também um outro ajuste, que foi uma linha de corte. Então ninguém hoje no clube recebe acima de R$ 5 mil. Com isso, salvamos cerca de 81% dos colaboradores que recebem isso ou menos. Assim, não tiveram redução e nós estamos pagando em dia”, finalizou o presidente.

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