Gazeta Esportiva

Furacão apresenta fechamento de teto retrátil da Arena da Baixada

A tampa do caldeirão finalmente está fechada. O Atlético Paranaense recebeu oficialmente a obra terminada do teto retrátil da Arena da Baixada e apresentou a nova estrutura em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.

O presidente Mário Celso Petraglia relembrou os percalços e polêmicas, e mostrou alívio e satisfação pela conclusão do projeto, que nas últimas semanas voltou a ficar em evidência com as acusações por parte do torcedor rubro-negro de ter prioridade em relação ao time, que está em crise.

“Nós tivemos alguns momentos difíceis em nossa caminhada em função das dificuldades para a construção do estádio para a Copa do Mundo. Mas hoje é um dia de muito orgulho, apesar dos descrentes, daqueles que não acreditavam que seríamos capazes”, alfinetou o dirigente, que citou brevemente os problemas financeiros enfrentados durante a instalação da estrutura, com salários atrasados e desencontro com a empresa responsável. “O pior já passou”, resumiu.

O presidente atleticano destacou que, mais uma vez, assim como quando o velho Joaquim Américo foi ao chão para o surgimento da Arena, o Furacão se destaca pelo ineditismo. “Foi um desafio. Precisamos marcar em nossa caminhada momentos diferentes. Tivemos muito orgulho quando inauguramos a primeira fase da Arena, em 1999, e todos consideram a melhor arena recém-construída. E agora, com esse diferencial, nos sentimos novamente na vanguarda. Estamos à frente”, analisou.

Arena da Baixada é o primeiro estádio de futebol do hemisfério Sul do planeta a apresentar teto retrátil (Foto: Bruno Baggio) – Credito: Divulgação/CAP

A Arena se tornou o primeiro estádio da América Latina e o primeiro para futebol no hemisfério Sul a ter a tecnologia de teto retrátil. O sistema funciona com dois módulos de 76m de largura por 49,7m de comprimento, e é feito de aço galvanizado com cobertura em policarbonato. Em condições normais, o tempo para fechamento ou abertura total é de 25 minutos. Porém, o cartola ainda não sabe como será o procedimento para o funcionamento efetivo. “Estamos aprendendo. Já sabemos que não tem nenhum impedimento pela CBF e pela Conmebol para fecharmos o teto. A intenção é não jogar com chuva”, disse.

O objetivo agora é manter as condições do gramado em dias chuvosos para não prejudicar o andamento das partidas e, principalmente, qualificar o Estádio Joaquim Américo para receber outros eventos. Um exemplo é o UFC, que seria realizado no final de 2014 mas, pela falta do teto, foi cancelado.

Petraglia apontou para a necessidade de dar maior uso ao espaço para que não seja deficitário, corroborando com a ideia de abrir as portas – e fechar o teto – para atividades diversas. “Um estádio tem uma utilização muito pequena para o futebol. O Atlético manda somente, no máximo, 40 jogos, e temos 365 dias no ano. Agora temos um estádio para multieventos. E logo que estiver completa sua estrutura, receberemos eventos médios, pequenos, encontros, e todo o tipo de atividade”, projetou.

Presidente do clube vê a estrutura como “vanguarda” (Foto: Bruno Baggio) – Credito: Divulgação/CAP

Copa do Mundo ainda não terminou– Oito meses depois do final oficial da Copa do Mundo, a passagem da competição pela Arena ainda pode ser percebida. O banner da Fifa que ocupou durante esse período o local reservado na fachada para a instalação de um telão de LED finalmente começou a ser retirado por operários. Em frente, a praça que serviu de acesso para a torcida passa por obras de requalificação onde se lê ‘Copa do Mundo Fifa 2014 – legado’.

O próprio estádio ainda é um verdadeiro canteiro de obras. Do lado de fora, a área reservada para comércio ainda está crua, com muitos operários. Obras na parte hidráulica e elétrica ainda tentam resolver alguns problemas vivenciados pelo torcedor, os pisos estão inacabados. A Areninha, que consta na maquete exposta na entrada da área VIP, não tem previsão.

O presidente rubro-negro admite os atrasos, mas acredita que até o final de 2015, pelo menos a parte do estádio estará finalizada. “A Arena não está pronta. Tivemos dificuldade de caixa, em função dos acordos, do crescimento dos custos. Aceleramos os trabalhos, mas muitos detalhes ficaram incompletos. O prédio da imprensa ainda está lá sem vidro, inacabado. Tivemos dificuldades com o Corpo de Bombeiros, que exigiu mudanças. Ainda estamos completando. Deverá ficar com nossa cara até o final deste ano.

Petraglia ainda explicou que o valor investido no teto não faz parte do valor total dos gastos da Copa, que hoje estariam em torno de R$ 365 milhões, quantia que ainda não é definitiva. “O teto não era para a Copa. Nós aproveitamos a construção para a Copa do Mundo para complementar com o teto retrátil. E a Fifa nos solicitou que postergássemos a instalação, pois atrapalharia o cronograma para os jogos. Não temos finalizado os custos finais. Nenhum valor sobre o investimento do teto retrátil está incluído no valor. Nós só acertamos o pagamento com a Lanik depois do controle dos órgãos fiscalizadores”, concluiu.

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