Mesa-tenistas exaltam preparação forte e bons resultados de 2015 - Gazeta Esportiva
Mesa-tenistas exaltam preparação forte e bons resultados de 2015

Mesa-tenistas exaltam preparação forte e bons resultados de 2015

Gazeta Esportiva

Por Lucas Toso*

25/08/2016 às 09:00

São Paulo, SP

Bruna Alexandre durante treino de Tenis de mesa no CT Paralímpico, na capital paulista, visando as Paralimpíadas do Rio de Janeiro 2016, no Brasil (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Bruna Alexandre durante treino de Tenis de mesa no CT Paralímpico, na capital paulista, visando as Paralimpíadas do Rio de Janeiro 2016, no Brasil (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Após muito sucesso no Parapan-Americano de Toronto em 2015, a equipe de tênis de mesa do Brasil espera agora também deixar sua marca nas Paralimpíadas do Rio. Um dos grandes fatores motivacionais para a atleta Bruna Alexandre, de apenas 21 anos, será o apoio da torcida brasileira nas arquibancadas dos ginásios cariocas.

“Dá aquele gostinho a mais de querer ganhar, de lutar por cada ponto. Vi que foi muito bonita a torcida brasileira nos Jogos Olímpicos e acho que vai ajudar muito. Não só eu, mas todos os atletas. O tênis de mesa já fez grande sucesso nos Jogos Olímpicos, mas agora com certeza nossa e outras modalidades vão brilhar e dar mais visibilidade para o esporte”, comentou a mesatenista após sua sessão no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil não conquistou nenhuma medalha no tênis de mesa, em compensação, no Parapan de Toronto foram 15 medalhas de ouro, sendo 10 individuais e cinco por equipe. Para o veterano Welder Knaf, medalhista de prata no jogo de duplas em Pequim 2008, será o Brasil de Toronto que virá para os Jogos do Rio e não o de Londres.

“Todo mundo vem treinando forte, está bem preparado, então vamos fazer o melhor analisando o que foi feito de errado nesse ciclo anterior e tentando corrigir esses erros. As coisas boas você mantém e aprimora e as ruins você tenta concertar. Acho que esse é o segredo”, afirmou o atleta de 35 anos.

Uma das principais rivais de Bruna será a polonesa Natalia Partyka, medalhista de ouro nos últimos três Jogos Paralímpicos e uma das inspirações para a brasileira. “Na China, quando joguei o Mundial contra ela, fui bem melhor do que em Londres. É um jogo bem difícil porque ela também é canhota e tem um braço direito um pouco maior do que o meu, então pega muito no equilíbrio. Mas por estar jogando em casa, com a torcida empurrando, vai ajudar mais também”, analisou a mesa-tenista.

(Foto: Divulgação/Agencia Xinhua)
Luiz Algacir Vergílio da Silva e Welder Knaf (direita) foram medalhistas de prata nos Jogos de Pequim 2008 (Foto: Divulgação/Agencia Xinhua)


Ambos os atletas estão realizando um período de aclimatação no CT Paralímpico de São Paulo antes de competirem nos Jogos do Rio, o que é muito positivo segundo Bruna. “O pessoal não está focado só aqui, está desde antes. Mas isso concentra mais, já passa um clima de Jogos, com todo mundo aqui. Dá pra sentir um gosto do que está chegando”, afirmou.

“Com certeza teve mais investimento, alguns projetos visando um aumento de medalhas e de qualidade. E tenho certeza de que elas vão aumentar. Acho que o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) não colocaria uma meta se não achassem que não seria possível”, afirmou ainda Welder sobre a estimativa do CPB do Brasil estar entre os cinco maiores medalhistas dos Jogos – em Londres o país ficou na sétima colocação com 21 ouros, 14 pratas e 8 bronzes.

"Eu não penso muito em medalha, medalha, medalha. Quero seguir meu caminho. Trabalhei muito nesses quatro anos, então penso em seguir aquilo que trabalhei todos os dias. Penso em dar meu melhor e dar tudo que eu conseguir na mesa", completou Bruna.

 

*Especial para a Gazeta Esportiva

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