Ceni ignora gol sofridos, valoriza vitória e destaca Pratto e Cueva - Gazeta Esportiva
Ceni ignora gol sofridos, valoriza vitória e destaca Pratto e Cueva

Ceni ignora gol sofridos, valoriza vitória e destaca Pratto e Cueva

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

22/02/2017 às 00:27 • Atualizado: 22/02/2017 às 00:33

São Paulo, SP

Mais uma vez o São Paulo sofreu mais do que se imaginava, mais uma vez o São Paulo levou mais gols do que deveria, mas novamente a equipe conseguiu sair de campo com um resultado positivo. Rogério Ceni parece realmente não se importar pelos riscos que seu time tem corrido dentro campo diante da convicção de alcançar o sucesso com atuações ofensivas e vistosas. Nesta terça, o Tricolor saiu atrás, virou, levou o empate do São Bento, lanterna do Campeonato Paulista, e só garantiu sua vitória aos 41 minutos do segundo, após um pênalti polêmico. Para o treinador são-paulino, essa ‘sofrência’ não é capaz de alterar seus planos ou criar algum tipo de lamentação.

“Eu estou muito feliz com o que minha equipe vem apresentando. Foram 74% de posse de boal no primeiro tempo, uma média de 70% no jogo, chance atrás de chance, importante criar oportunidades, ter o controle do jogo. Tivemos o azar de começar perdendo com um gol de bola parada, mas o time continuou jogando da mesma maneira do começo ao fim. A gente vem se desgastando mais porque estamos levando até 80, 85 minutos para ganhar o jogo. Eu prefiro ter preocupações sempre jogando à frente e em busca do gol, do que não criando”, analisou Rogério Ceni, em entrevista coletiva após a partida válida pela quinta rodada do Estadual.

“Às vezes ela bate na trave e entra e às vezes bate e não entra, como foi a do Cueva. Às vezes a bola não entra. Estou feliz com eles, muito feliz com eles. Era paras ser cinco vitorias consecutivas. Por dois minutos não são (empate com o Mirassol). Só tenho a agradecer os jogadores”, reforçou.




Rogério Ceni prefere continuar insistindo na mesma forma de colocar o São Paulo em campo e espera que a efetividade nas finalizações dê mais tranquilidade ao time durante as partidas. Montar qualquer sistema que reforce um pouco mais o setor defensivo parece fora de cogitação.

“Nós, até os 10 do primeiro tempo em três jogos, tomamos gols, mas de maneiras variadas. Então, creio que é uma coincidência, ninguém quer sofrer gols para depois poder reagir. O importante é que o time, mesmo levando gols, está conseguindo se manter focado, jogando da mesma forma. Repito, se conseguíssemos definir o jogo mais cedo, evitaríamos um desgaste”, avaliou.

E para isso está cada vez mais claro que Lucas Pratto é a grande esperança do São Paulo. Em duas partidas o argentino já marcou três gols e ainda mostrou que pode ser muito importante também fora da grande área. Rogério Ceni teve até dificuldades para encontrar as melhores palavras para elogiar a atuação do seu centroavante nesta terça.

“O Pratto... Não tem o que falar. Jogador que eleva teu nível de competitividade, altera teu patamar, além de muito competitivo, talentoso e inteligente para jogar. Eleva muito o nível do time”, comentou o ex-goleiro, antes de também citar Cueva, que apesar de ter marcado o gol da vitória, deixou o campo muito chateado, principalmente em função dos gols perdidos que quase custaram caro ao time.

“Até certo ponto é positivo (Cueva se cobrar). Não pode se cobrar demais. Às veze, por 5 centímetros a bola entra ou sai. Ele teve duas chances, as duas no pé esquerdo, que não é o pé ideal dele, mas é um jogador essencial para o meu time. Hoje faz uma falta muito grande quando não joga, vem bem, correspondendo, e teve a personalidade de, no momento psicológico mais difícil do jogo, pegar a bola e fazer o gol da vitória”.

Para concluir, Rogério Ceni voltou a exaltar o esforço, a entrega de seus jogadores e o fato do grupo ter comprado a ideia de jogar para frente, mesmo que isso esteja dando alguns sustos e causando alguma preocupação no setor defensivo.

“É a coragem que eles têm, a personalidade que eles têm em jogar. O time quando faz gol não é só fruto de um trabalho ofensivo. Mas é uma posição que a gente só tem cinco jogadores de ataque, incluo o Cueva sempre como meio-campista, temos muitos zagueiros, até tentamos equilibrar com a troca do Hudson pelo Neilton e o clube fez um grande esforço financeiro trazendo o Lucas Pratto. Mas os gols são fruto do sistema de jogo que busca o gol o tempo inteiro. Sofre gols? Sim. Mas é uma filosofia de jogo e acho que os jogadores sentem prazer por jogar assim”, avisou Rogério Ceni.

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