Com brasilidade e homenagem a iraniano, cerimônia encerra o Rio 2016 - Gazeta Esportiva
Com brasilidade e homenagem a iraniano, cerimônia encerra o Rio 2016

Com brasilidade e homenagem a iraniano, cerimônia encerra o Rio 2016

Gazeta Esportiva

Por Redação

18/09/2016 às 22:39 • Atualizado: 19/09/2016 às 10:47

São Paulo, SP




Em uma bonita cerimônia realizada no Estádio do Maracanã, as Paralimpíadas do Rio de Janeiro foram oficialmente encerradas, na noite deste domingo, após 11 dias de competições, fechando o ciclo que começou em 2009, quando a capital fluminense foi escolhida para sediar os Jogos. A festividade contemplou as características do Brasil em termos de natureza e de suas diversas vertentes artísticas, como a música e dança, assim como já havia ocorrido nas Olimpíadas. Também não deixou de homenagear o iraniano Bahman Golbarnezhad, morto no último sábado após cair e bater com a cabeça em uma pedra durante prova do ciclismo de estrada.

A cerimônia começou com o som alto das guitarras de Andreas Kisser, do Sepultura, e de Fernandinho, famoso artista do frevo. Isso antes de os 160 porta-bandeiras serem convidados a entrar no campo. Autor do gol que deu o tetracampeonato paralímpico ao Brasil no futebol de 5 (para cegos), Ricardinho carregou o símbolo maior do País, sendo ovacionado pelo público presente no estádio carioca.

Na sequência, mais ícones da música nacional se apresentaram no palco, que primeiramente remetia à diversidade da natureza brasileira, enquanto a banda Nação Zumbi fazia seu show. Vanessa da Mata e Céu também cantaram três músicas cada, agitando e animando as delegações postas no gramado do Maracanã, que teve espaços vazios em suas arquibancadas.

A cantora Vanessa da Mata foi um dos destaques da cerimônia de encerramento do Rio 2016 (Foto: Thomas Lovelock/AFP)
A cantora Vanessa da Mata foi um dos destaques da cerimônia de encerramento do Rio 2016 (Foto: Thomas Lovelock/AFP)


Aí a cultura popular japonesa entrou em cena, já que Tóquio será a próxima sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2020. Recebido com vaias, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou a bandeira paralímpica ao presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philipp Craven, simbolizando a passagem do evento para a capital do país asiático.

Artistas japoneses com deficiência física tomaram o palco para si e mostraram um pouco da dança e música do país oriental. Em seguida, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, discursou de modo parecido em relação à cerimônia de encerramento das Olimpíadas. A diferença foi que prestou condolências ao povo iraniano pela morte de Golbarnezhad, que caiu e bateu com a cabeça numa pedra durante prova de ciclismo de estrada, no último sábado.

"Nossas orações estão com vocês e sentimos muito a sua perda", disse o ex-jogador de vôlei, que competiu nos Jogos de Tóquio, em 1964. Após demonstrar toda sua tristeza pela fatalidade com o atleta do Irã, Nuzman deu sequência ao seu exaltado discurso sobre o sucesso do Rio nos dois eventos esportivos.

Ciclista iraniano que morreu no último sábado foi homenageado no Maracanã com um minuto de silêncio (Foto: Tasso Marcelo/AFP)
Ciclista iraniano que morreu no último sábado foi homenageado no Maracanã com um minuto de silêncio (Foto: Tasso Marcelo/AFP)


“Para muitos, isso era impossível. Para o Brasil e para o Rio, não. Hoje estamos encerrando um ciclo mágico. Rio, cidade olímpica e paralímpica, o povo brasileiro mostrou garra e muita determinação. Brasileiros nunca desistem. Mostramos também a nossa criatividade e talento. Contagiamos todos com a paixão de vocês: a nossa torcida. A melhor torcida do planeta é carioca. É do Brasil”, celebrou.

“Os Jogos 2016 aproximaram o mundo, venceram preconceitos, terminamos essa jornada melhores como cidadãos, como povo e nação. Podemos ter muito orgulho, realizamos Jogos que ficarão para sempre na história do esporte mundial. Tóquio 2020, boa sorte”, encerrou.

Dando sequência ao momento mais protocolar da cerimônia, Phillip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, agradeceu aos voluntários, atletas paralímpicos, e ao povo carioca pelo sucesso dos Jogos, pedindo que a juventude mundial se reúna daqui a quatro anos, em Tóquio.

O show da cantora baiana Ivete Sangalo pôs fim à cerimônia de encerramento (Foto: Tasso Marcelo/AFP)
O show da cantora baiana Ivete Sangalo pôs fim à cerimônia de encerramento (Foto: Tasso Marcelo/AFP)


O funk foi a tônica do prosseguimento da cerimônia, com a execução das músicas do Dream Team do Passinho e Nego do Borel, antes de Gaby Amarantos subir ao palco. No ato final, trezentas crianças, cada uma com um "cata-vento", apagaram a chama paralímpica, já durante o show da cantora Ivete Sangalo, que começou com "A Paz", música escrita por Gilberto Gil e João Donato.

Depois, no entanto, a baiana cantou o que lhe é de mais característico. O axé, com "Sorte Grande" e "Alegria", dando mais ritmo ao público e aos atletas ainda presentes no Maracanã, onde os Jogos Paralímpicos foram encerrados com muita animação e brasilidade.

 

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