Indignado, Nobre vê pressão do Flamengo e pede "vergonha na cara" - Gazeta Esportiva
Indignado, Nobre vê pressão do Flamengo e pede "vergonha na cara"

Indignado, Nobre vê pressão do Flamengo e pede "vergonha na cara"

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

14/10/2016 às 18:45 • Atualizado: 14/10/2016 às 22:52

São Paulo, SP

Paulo Nobre, se disse indignado com interferência externa (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Presidido por Paulo Nobre, Palmeiras tem 61 pontos, um a mais do que o Flamengo (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


A entrevista do técnico Cuca, prevista para a tarde desta sexta-feira, foi cancelada na Academia de Futebol. Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, resolveu se pronunciar a respeito da polêmica vitória por 2 a 1 do Flamengo sobre o Fluminense, alcançada na noite de quinta. Indignado, o dirigente pediu providencias do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e falou em "vergonha na cara".

Com o Flamengo já vencendo por 2 a 1 em Volta Redonda, o zagueiro Henrique empatou de cabeça para o Fluminense. O assistente Emerson Augusto de Carvalho marcou impedimento, mas o árbitro Sandro Meira Ricci validou o lance. Após 13 minutos de paralisação e muita reclamação dos dois lados, o gol acabou anulado.

“O que aconteceu ontem no Rio de Janeiro chegou a um ponto inaceitável. Pode manchar a história do campeonato e colocar a credibilidade de todos os clubes em dúvida, com o torneio começando a ser decidido fora de campo”, iniciou Nobre, exaltado.

Ele citou a experiência do trio de arbitragem, formado por Sandro Meira Ricci, Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse, todos credenciados pela Fifa. O presidente do Palmeiras reconheceu que Henrique estava impedido, mas apontou uma interferência externa na decisão final do juiz.

“Infelizmente, estão usando dois pesos e duas medidas. Das 10 primeiras rodadas, o Palmeiras foi prejudicado em seis ou sete. Faz parte do futebol. Não estamos no futebol americano, no beisebol ou no tênis, em que existe recurso externo. O futebol proíbe o auxílio externo e ontem foi claro que houve. O STJD vai se pronunciar?”, perguntou.

Com o tom de voz elevado, Paulo Nobre chamou de “reunião de condomínio” a confusão iniciada após o segundo gol do Fluminense e contou aproximadamente 60 pessoas no gramado, muitas intimidando o trio de arbitragem, protegido por policiais militares.

Clássico foi marcado por gol anulado de Henrique no segundo tempo (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Clássico foi marcado por gol anulado de Henrique no segundo tempo (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)


“Estamos aqui para deixar claro que o Palmeiras desde o primeiro dia do campeonato se esforça muito para conquistar os resultados que conquistou e que ninguém vai levar na mão grande. Se tiverem mais competência dentro de campo, parabéns. Mas esse tipo de pressão tem que cessar”, reclamou Nobre.

O presidente ainda condenou as críticas ao América-MG por ter vendido o mando de campo do jogo contra o Palmeiras, disputado em Londrina, e reclamou da punição ao clube alviverde pelos incidentes da partida diante do Flamengo em Brasília, com mando da equipe rubro-negra.

“Ontem, houve uma briga entre dois torcedores em campo. Gostaria de saber se o STJD vai se manifestar sobre essa briga. Quando o Flamengo jogou no Pacaembu, houve briga na torcida, mas não ouvi ninguém falar em punição”, declarou Nobre.

Acompanhado por Alexandre Mattos, diretor de futebol, o presidente reiterou que, quando se sente prejudicado, o Palmeiras reclama por vias oficiais, “sem fazer showzinho em público”. Impossibilitado de tomar medidas práticas, já que o seu clube não estava em campo, Nobre mandou um recado.

“O que aconteceu ontem foi tão escandaloso, que ficamos indignados e acho que o Brasil também. Mas sou uma pessoa otimista e acredito que os responsáveis por controlar o futebol vão tomar atitudes para que essas coisas lamentáveis não se repitam. Que as pessoas tenham um pouco mais de vergonha na cara e joguem futebol em campo”, declarou.

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