Neste domingo, o velocista Paulo André Camilo foi o 8º colocado na semifinal dos 100 metros rasos nos Jogos de Tóquio. O brasileiro, com tempo de 10s31 na 3ª bateria, não conseguiu avançar à final da competição.
A primeira posição foi conquistada pelo chinês Su Bingtian, com 9s83. Já o estadunidense Ronnie Baker, que marcou o mesmo tempo, acabou na vice-liderança.
O italiano Lamont Marcell Jacobs terminou a corrida em terceiro, com 9s84, seguido por Akani Simbine (9s90), da África do Sul. Os quatro corredores avançaram à final.
Paulo André avaliou o seu desempenho: “É uma mistura de sentimentos, a gente trabalha para isso. Estou muito contente de estar aqui, mas não me permito um dia não brigar por essa medalha. Olimpíada é para poucos, mas a gente sempre espera o melhor.”
“Eu sei do meu potencial. Tenho 22 anos e posso fazer isso a minha vida toda, até os meus 80 anos, mas não vou parar sem brigar por uma dessas medalhas. Sabia que 100 metros é muito complicado, todo mundo resolveu correr: ninguém esperava que tantas pessoas de tantos países corressem tanto assim”, completou.
O atleta também classificou a sua prova como “bem estranha”: “Tomei um susto com o [Bingtlan] Su pulando na minha frente. Foi um tempo bem alto mesmo, eu sei. Estou processando tudo o que aconteceu.”
“Tenho objetivo muito grande nos 100m, sei que o Brasil apostava muito nesses 9 segundos, mas Jogos Olímpicos são isso. Se os 100m não permitem erro, os Jogos Olímpicos muito menos”, acrescentou.
Por fim, o brasileiro, que completou os 100m em 10s06 aos 18 anos, falou sobre a pressão de registrar este tempo novamente: “De lá para cá, corri cinco vezes abaixo de 10s05. Os Jogos Olímpicos têm atmosfera diferente e, junto com os 100m, não permite falha em nenhum momento. É tudo muito rápido, intenso, e isso pode ser fatal. Estou nos meus primeiros Jogos Olímpicos e tenho que analisar o que errei até aqui.”
A decisão dos 100 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Tóquio está marcada para este domingo, às 21h50 (de Brasília).