Mulheres do levantamento de pesos competem no Japão para fazer história - Gazeta Esportiva
Mulheres do levantamento de pesos competem no Japão para fazer história

Mulheres do levantamento de pesos competem no Japão para fazer história

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/07/2021 às 10:40 • Atualizado: 23/07/2021 às 13:55

São Paulo, SP

A pesista Nathasha Rosa será a primeira brasileira da modalidade a competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, neste sábado, a partir das 9h50 do Japão (21h50 de sexta pelo horário de Brasília). Ela participará da prova de 49 quilos feminino e terá a oportunidade de disputar pela primeira vez uma edição olímpica. O Brasil também será representado na competição por Jaqueline Ferreira, que entra em ação no dia 1º do Japão.




A carioca Natasha Rosa, de 24 anos, pertence a uma família de mulheres halterofilistas, ao lado da irmã Emily e da prima Tainara, e sempre teve o sonho de ser atleta. Porém, antes de decidir pelo levantamento de pesos, tentou o atletismo.

De acordo com o treinador da equipe, Dragos Stanica, o grande objetivo é que Nathasha ganhe experiência para os Jogos de Paris 2024.

“É o sonho de qualquer atleta. É bastante nova, primeira participação, um começo de caminho. O objetivo é fazer uma boa competição, pegar segurança e experiência. Vamos ter uma mudança de categorias no ano que vem, cada categoria vai ficar mais competitiva”, analisou o técnico.

Natasha já estava na Vila Olímpica de Tóquio quando recebeu a aguardada notícia da liberação para competir nos Jogos Olímpicos. A brasileira foi liberada pela Divisão Antidopagem da Corte Arbitral do Esporte (CAS). No final de maio, ela teve dois resultados analíticos adversos, sendo um colhido fora do período de competições e outro durante o Campeonato Pan-americano de Levantamento de Pesos, em Santo Domingo, na República Dominicana. Mas foi considerada elegível novamente depois de um mês pela Agência Mundial de Testagem (ITA). Com isso, foi inscrita nos Jogos, já que havia conseguido posicionamento no ranking olímpico para participar da competição.

Segundo o técnico Dragos Stanica, a atleta está confiante.

“Ela está bem, está muito melhor do que a gente pensava nos treinos que fizemos juntos antes de ela viajar. Tudo o que aconteceu a abalou muito. Deveria estar tranquila no grupo A. Podem ficar animados, a Nathasha vai fazer uma boa competição”, acredita.




Jaqueline Ferreira, da categoria até 76kg, detém o melhor resultado do halterofilismo brasileiro em Jogos Olímpicos, 5° lugar em Londres 2012, mesma posição obtida por Fernando Reis e Rosane Santos no Rio 2016. A atleta compete em 1º de agosto.

Ela chegou em Tóquio nesta quinta­-feira, e já se alojou na Vila Olímpica para entrar de vez no clima dos Jogos. A atleta carioca vai para sua terceira participação olímpica, mas garante que todos os momentos são marcantes.

“Cada um é diferente, mas igualmente feliz, emocionante. Agora são Jogos de muita esperança e é diferente pelo momento que a gente está vivendo, com essa pandemia. Tem que ter muito mais cuidado, cautela, mas não deixa de ser muito feliz”, ressaltou Jaqueline, que considera os Jogos Olímpicos o auge da carreira.

“Chegar no maior evento esportivo do mundo é o maior sonho de qualquer atleta. Mesmo na minha terceira Olimpíada, é uma emoção sem tamanho representar meu país nos Jogos", completou.

Fernando Saraiva, outro brasileiro classificado para os Jogos, foi suspenso provisoriamente por resultado analítico adverso em controle antidoping feito fora de competição em 11 de junho de 2021 e, por isso, foi excluído da delegação brasileira.

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