Após período conturbado no Rio 2016, Felipe Wu chega confiante para os Jogos - Gazeta Esportiva
Após período conturbado no Rio 2016, Felipe Wu chega confiante para os Jogos

Após período conturbado no Rio 2016, Felipe Wu chega confiante para os Jogos

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/07/2021 às 13:24 • Atualizado: 23/07/2021 às 13:58

São Paulo, SP

Felipe Wu, único representante brasileiro do tiro esportivo nos Jogos Olímpicos, passou por um ciclo olímpico conturbado. Após a conquista da medalha de prata no Rio 2016, teve uma lesão no ombro e caiu de rendimento, quase ficando de fora do evento.




A classificação para Tóquio só veio em março de 2021, após a quarta colocação na Copa do Mundo de Nova Déli, última competição qualificatória, quando deu um salto no ranking. Atual 10º do mundo na pistola de ar de 10m, o atleta também teve dificuldades de competir no exterior por causa da pandemia.

Apesar de tudo, o paulista de 29 anos acredita no seu potencial e na chance de uma nova medalha olímpica. Sua estreia em Tóquio está marcada para este sábado, à 1h (de Brasília), e, caso avance à final, a disputa da medalha será no dia seguinte.




“Estou confiante nos meus treinos e agora é só uma questão de adaptação mesmo ao fuso horário, ao clima e ao local de competição. A classificação foi tardia, mas eu fiz uma boa preparação e o meu grande objetivo é conseguir reproduzir o que tenho feito nos treinos. A primeira parte é ir bem na qualificatória e me classificar para a final. A partir daí, tudo pode acontecer. Se eu conseguir, ficarei bastante feliz porque, geralmente, eu performo muito bem na final”, afirmou Wu.

Depois de garantir a classificação no limite, Wu está menos pressionado.

“Todo mundo começa do zero. Da mesma forma que eu demorei para classificar e tive um ciclo olímpico conturbado, não deixei isso me afetar. Também não vou fazer com que ter uma medalha olímpica me atrapalhe. São momentos diferentes. O objetivo é fazer uma boa participação. Se essa participação me permitir ganhar uma medalha, eu vou ficar muito feliz. Mas se eu sair daqui contente com a minha performance, também estará muito bom”, considerou o medalhista de ouro no Pan de Toronto 2015.

Felipe Wu ao lado de Eduarda Amorim e Babi Arenhart, atletas de handebol. (Foto: Dviulgação/Instagram)


O treinador do atleta, Ricardo Brenk, já o acompanha há bastante tempo e reconhece que a preparação não foi a ideal, em virtude da pandemia do coronavírus.

“Foi uma preparação atípica. O ideal, depois de ele ter se classificado, seria termos participado de competições internacionais, mas muitos campeonatos foram cancelados. Somente no mês de julho, o Felipe conseguiu disputar um evento na Croácia e depois foi para a Suíça, onde ficou 12 dias na preparação final antes de embarcar para Tóquio. Infelizmente, a maior parte do tempo ele treinou sozinho e sem participar de competições”, explicou o treinador.

“A expectativa, logicamente, é repetir o que ele fez em 2016. A diferença é que, naquela época, o Felipe disputou grandes competições internacionais, ganhou vários campeonatos, foi medalhista do Pan em 2015. Tudo isso foi uma prévia de que ele iria bem nos Jogos do Rio. Sem isso, a expectativa é que, ao menos, o conhecimento do esporte, dos procedimentos do tiro, ainda esteja bem firme dentro dele, para que ele possa repetir aqui em Tóquio o que fez em 2016”, completou Brenk.

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