Orçamento total dos Jogos de Tóquio é confirmado em 13 bilhões de euros - Gazeta Esportiva
Orçamento total dos Jogos de Tóquio é confirmado em 13 bilhões de euros

Orçamento total dos Jogos de Tóquio é confirmado em 13 bilhões de euros

Gazeta Esportiva

Por AFP

22/12/2020 às 21:11

São Paulo, SP

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados por um ano devido à pandemia covid-19, devem custar um total de 13 bilhões de euros (quase 16 bilhões de dólares), anunciaram nesta terça-feira os organizadores do evento, detalhando um orçamento maior por conta da mudança da data e adoção de medidas sanitárias.

Este novo orçamento é 2,3 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares) superior ao anterior anunciado há um ano, e confirma as estimativas publicadas no início de dezembro, quando o comitê organizador da competição estimou o custo extra causado pelo adiamento e medidas de combate ao coronavírus.




Assim, as olimpíadas na capital japonesa passam a ser as mais caras da história, superando Londres-2012 (15 bilhões de dólares / 12,2 bilhões euros), de acordo com um estudo comparativo da Universidade de Oxford publicado em setembro.

Contando todas as competições olímpicas (verão e inverno), os Jogos de Inverno de Sochi-2014 na Rússia detêm o recorde absoluto com seu custo colossal estimado em 21,9 bilhões de dólares (17,9 bilhões de euros), de acordo com este estudo.

Esse aumento representa mais uma pedra no sapato das autoridades e organizadores japoneses, que buscam reativar o entusiasmo da população local com os Jogos, enquanto os japoneses temem que o evento eleve os casos de covid-19 no país.

"Se vemos ou não esse orçamento caro depende de como nós o vemos", disse à imprensa Toshiro Muto, diretor administrativo do comitê organizador.



Organizar um evento dessa magnitude em tempos de pandemia também pode ser visto "como um investimento positivo", argumentou.

Adiamento não previsto

Os organizadores tentaram amenizar a conta imaginando Jogos menos grandiosos, reduzindo o número de ingressos gratuitos e convidados oficiais, eliminando certas cerimônias e economizando em lembranças para os participantes  e em fogos de artifício.

Mas o adiamento para 2021 causou uma enorme dor de cabeça logística e financeira, com novas reservas de vagas, transporte, prorrogação dos contratos da equipe da comissão organizadora e a renegociação dos acordos com os patrocinadores.

Os custos de logística, incluindo despesas de transporte, segurança, comunicação ou marketing, agora somam 5,8 bilhões de euros (7 bilhões de dólares), um aumento de 19% em relação ao orçamento anterior apresentado no final de 2019.



Também está prevista uma aplicação de 760 milhões de euros (925 milhões de dólares) para financiar ações de saúde, como a criação de um centro de controle de infecção na Vila Olímpica.

Os organizadores dos Jogos de Tóquio e as autoridades locais garantem que o evento será realizado no meio do ano de 2021, mesmo que a pandemia não esteja sob controle.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou na semana passada à AFP que não via "nenhum cenário" capaz de causar o cancelamento das Olimpíadas.

Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) prevê contribuir com cerca de 670 milhões de euros (815 milhões de dólares) para o evento.

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