Embora tenha vencido com facilidade o argentino Federico Delbonis na estreia dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o espanhol Rafael Nadal reconheceu que não está completamente recuperado da lesão no punho esquerdo, responsável por afastá-lo dos torneios por mais de dois meses. Campeão em Pequim 2008, ele ainda avisou aos jornalistas que não voltará a falar mais do assunto.
"O punho não está perfeito e, já disse outras vezes, não quero mais falar sobre isso. É a última vez que falo durante o torneio. Já comentei que se não se tratasse de uma Olimpíada, repito, qualquer outro torneio normal do circuito, eu não estaria aqui porque era necessário mais tempo para ficar 100%. Mas se trata de uma chance que não se tem todos os anos, é algo inesquecível", explicou Nadal, em entrevista coletiva após sua vitória no Centro Olímpico de Tênis.
Se falar de sua lesão o incomoda, o espanhol de Mallorca comemora o fato de voltar a disputar uma partida. A última vez que havia entrado em quadra em competições oficiais foi em 26 de maio, quando derrotou o também argentino Facundo Bagnis, pela segunda rodada de Roland Garros.
"É muito bom voltar às quadras, principalmente em uma edição dos Jogos Olímpicos. Curti muito a partida, com um ótimo público, e gostei muito da forma como comecei a competição", vibrou.
Com 30 anos, Rafael Nadal pisa pela sexta vez em solo brasileiro para competir. O espanhol conquistou o Aberto do Brasil em 2005 e 2013, e o Aberto do Rio em 2014. No torneio carioca, ainda foi eliminado nas semifinais em 2015 e 2016. Assim como já havia feito em outras ocasiões, o jogador elogiou a torcida local.
"Sempre que estou na América Latina tenho ótimas sensações relacionadas ao público. Já estive no Brasil muitas vezes. O público hoje esteve fantástico, criaram um ambiente muito alegre, que me passou uma grande energia positiva, o que é muito importante para mim", ressaltou o atual número 5 do ranking mundial, antes de criticar a posição em que o telão fica instalado na quadra principal do Centro Olímpico de Tênis.
"O telão onde colocam o resultado está colocado em um local muito central. Dependendo da área em que a bola estão, não é possível enxergá-la. Depois diminuíram a intensidade, mas não foi suficiente. Aquele azul brilhando lá atrás impede de ver a bola. Inclusive deixei de sacar aberto porque simplesmente não sabia o que aconteceria em seguida. Está mal pensado, falando bem claro", considerou.
