A ausência de um simulador pode prejudicar a Sauber no Grande Prêmio da Bélgica. Pelo menos é o que pensa o brasileiro Felipe Nasr. Sem o equipamento, a equipe suíça não terá meios de fazer testes e coletar dados seguindo as novas regras da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em relação aos procedimentos de largada da Fórmula 1, que passam a valer no circuito de Spa-Francorchamps.
“A ausência do simulador é um favor negativo, sem dúvida, e a equipe está consciente disso”, explicou o brasileiro ao Autosport. “É por isso que estamos tentando pensar em alguma solução para o ano que vem. Só pode ser positivo para um piloto definir sua mente para uma corrida, preparar suas técnicas, linhas de corrida e de frenagem.”
A FIA determinou que a partir da corrida na Bélgica, no dia 26 de agosto, os pilotos serão os únicos responsáveis pela largada. Não poderão receber ajuda nem fazer alterações no carro a partir da saída da garagem até o momento em que as luzes se apagam no grid. A mudança exige prática e análise dos dados, e como a Sauber é a única equipe da categoria a não possuir um simulador, Nasr e seu companheiro Marcus Ericsson tentam compensar o atraso de outras formas.
“Nós tentamos diferentes maneiras, tais como material de visualização e vídeos para tentar replicar as coisas na mente. Pelo menos teremos treinos livres para não ficarmos muito prejudicados”, acrescentou.
Mesmo assim, o piloto de Brasília reconhece que as informações obtidas a partir de testes no simulador são o melhor jeito de compensar o tempo de pista perdido. “E agora temos essas novas regras de largada com a embreagem, é algo que poderíamos testar.”
A escuderia suíça antecipou que teria problemas com os testes e tentou coletar informações no Grande Prêmio da Hungria, em julho, para construir algumas referências. “Será difícil ter o início perfeito sem toda a informação anterior, mas será a mesma coisa para todo mundo”, avaliou o brasileiro.
“Estamos atrás de consistência. Não precisar ser a melhor. É mais fácil errar do que fazer isso de modo perfeito, e se nós tivermos um padrão, será bom. Mas em um momento como esse, eu adoraria ter um simulador para testar essas coisas”, completou.