Zé minimiza bons resultados: “Não vamos tapar o sol com a peneira” - Gazeta Esportiva
Zé minimiza bons resultados: “Não vamos tapar o sol com a peneira”

Zé minimiza bons resultados: “Não vamos tapar o sol com a peneira”

Gazeta Esportiva

Por Fernanda Silva

04/09/2017 às 16:45 • Atualizado: 04/09/2017 às 16:51

São Paulo, SP

Seleção feminina de vôlei venceu os três campeonatos disputados até agora (Foto: Felipe Rau/MPIX/CBV)


Depois de cair para a China, nas quartas de final da Rio 2016 e fazer a pior campanha olímpica desde Seul 1988, a Seleção Brasileira de vôlei feminino se renovou. Nesta temporada, subiu no lugar mais alto do pódio nos três campeonatos disputados até agora. O grupo, que entra em quadra na madrugada desta terça-feira, na luta pela Copa dos Campeões, no Japão, segue com a cabeça em Tóquio. O pensamento, entretanto, está anos à frente, nas Olimpíadas de 2020. Para o técnico José Roberto Guimarães, apesar dos bons resultados, é preciso que o time mantenha os pés no chão e tenha foco.

“Não vamos tapar o sol com a peneira. Tem muita coisa a ser melhorada”, ressaltou o comandante. “Alguns rivais não disputaram os campeonatos com a equipe completa. A gente precisa ir evoluindo, amadurecendo. É um grupo jovem e precisa passar por momentos de dificuldade, crises e derrotas para entender o que precisa ser feito para melhorar”, afirmou.



“Acho que em 2020, vai ser uma Seleção mais madura e que vai melhorar nos seus fundamentos”, destacou. “Vamos precisar demais de volume de jogo e de uma regularidade maior. As jogadoras precisam saber o que está pedindo a jogada naquele determinado instante”, finalizou o técnico.

No Rio, a Seleção fazia uma trilha impecável na primeira fase da disputa. O grupo passou por Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões sem perder um set sequer. “Nosso grupo, naquele momento, não era o grupo da morte e isso deu uma falsa impressão para nós", lembra Zé Roberto, no comando de equipe desde 2003. "Diferente de Londres, onde estávamos em uma chave mais forte, quase fora da competição — que voltamos e ganhamos — e diferente de 2008, em Pequim, onde a gente ganhou os oitos jogos, perdendo apenas um set”.

Thaisa e jogadoras da Seleção Brasileira de vôlei, comemorando medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres 2012. Foto: Gaspar Nóbrega/STR/Gazeta Press


O jogo eliminatório da Olimpíada terminou com parciais de 15/25, 25/23, 25/22, 23/25 e 15/13. “Isso é uma coisa inerente a nossa vontade. Por mais que você planeje, existem acidentes de percurso, como foi com a China. As chinesas jogaram muito bem e mereceram ganhar, tanto é que depois elas triunfaram nos Jogos Olímpicos”, ressaltou.

Na Olimpíada sul-coreana, o Brasil terminou com a última colocação de sua chave e disputou o quinto lugar da competição. De lá para cá, o time conquistou duas medalhas de ouro, em 2008 e 2012, além de duas de bronze (em 1996 e 2000) e dois quartos lugares (em 1992 e 2004).

A gigante Ting Zhu, de 1,95m, foi o destaque da China no tricampeonato olímpico do vôlei feminino (Foto: Juan Mabromata/AFP)


O primeiro título da temporada que começou com pé direito veio no torneio Montreux Volley Masters, na Suíça. Na final, a equipe venceu a Alemanha, por 3 sets a 0, em parciais de 25/21, 25/18 e 25/20. O time voltou ao lugar mais alto do pódio no Grand Prix, em Nanquim, na China, onde faturou a 12ª vitória na competição.

No Sul-Americano, o Brasil sagrou-se campeão invicto. Para isso, elas superaram Argentina, Venezuela, Chile e Peru. O triunfo deu às meninas vaga no Mundial de 2018. Apesar da estrada à frente neste ciclo olímpico, a mira já é Tóquio 2020.

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