Gazeta Esportiva

Principal jogadora da Itália, Paola Egonu relata novo caso de racismo e não garante retorno à seleção

Paola Egonu, uma das melhores jogadores de vôlei do mundo, relatou um caso de racismo e não garantir se seguirá jogando pela Itália.

(Foto: Divulgação/Volleyball World)

A Itália conquistou o bronze no Mundial de vôlei neste sábado e contou com mais uma atuação de alto nível de Paola Egonu. Ao final da partida, porém, a ponteira, que marcou 25 pontos na vitória contra os Estados Unidos, relatou um novo caso de racismo ao seu empresário, Marco Reguzzoni.

Paola Egonu, considerada uma das melhores jogadoras do mundo, foi filmada por fãs enquanto conversava com seu agente e dizia ter sido questionada se era italiana. Logo depois, a ponteira disse “estar cansada” da seleção e que a partida deste sábado seria sua última pela equipe.

“Você não entende, você não entende. É meu último jogo na seleção. Perguntaram se eu era italiana. Estou cansada”, disse Egonu, enquanto chorava.

 

Após receber a premiação, porém, Egonu foi entrevistada pelo canal italiano Rai e colocou panos quentes na situação. A ponteira disse estar cansada e não deixou claro se realmente deixará de atuar pelo país. Sobre o caso de racismo, a jogadora não se estendeu.

“Estou muito cansada agora, poderia dar uma pausa na seleção, mas não estou falando sobre deixá-la”, disse.

“Por enquanto não sabemos, veremos no próximo verão”, falou em outra entrevista, concedida à Federação Italiana de Vôlei. “Você tem que perguntar para quem disse isso”, completou, sobre a pergunta racista que teria recebido durante o jogo.

Não é a primeira vez que Egonu sofre ataques racistas. Em setembro deste ano, a ponteira foi chamada de “macaca” em um programa de TV italiano por Cristiana Buonamano. Na situação, a apresentadora comentava sobre a atuação da Itália na Liga das Nações, em que derrotou o Brasil na final, quando se referiu à Paola Egonu de forma racista.

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