Tetracampeão estadual consecutivo. Este é o Vôlei Nestlé/Osasco após ter vencido, na manhã deste domingo, o Sesi-SP, por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/18 e 25/20, com apoio de sua fanática torcida que lotou o Ginásio José Liberatti. A vitória também significou o 13º título do Campeonato Paulista para a representação osasquense.
Vestidas com camisetas amarelas e com os nomes de suas respectivas mães estampados como forma de homenagem, as comandadas de Luizomar de Moura dominaram toda a partida e sempre se mantiveram à frente no placar.
No primeiro e segundo sets, as anfitriãs foram agressivas ofensivamente e bem postadas na defesa, enquanto as visitantes cometiam muitos erros, apesar da boa partida da campeã olímpica Jaqueline. A terceira parcial foi um pouco mais equilibrada, porém Adenízia, Dani Lins, Camila Brait e companhia brilharam e garantiram o caneco.
A decisão ainda foi marcada pelo protesto dos torcedores contra ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), que pode provocar a aposentadoria da oposto Elisangela, atualmente no Osasco, e que está tendo dificuldades para encontrar uma equipe.
Elisângela teria de deixar o Osasco, já que a CBV não acatou o pedido de diminuir a pontuação da jogadora no ranking anual de 1 para 0 – as equipes não podem extrapolar o máximo de pontos permitido pela entidade na soma de seu elenco. Por isso, os torcedores levaram cartazes com mensagens contra o ranqueamento.
“Eu estou feliz demais, tenho que dar os parabéns para essa equipe, a gente entrou hoje buscando o título e buscando o título para a Elisângela. Eu acho que uma jogadora igual a ela, os clubes não podem decidir por nós. Quem sabe a hora de parar, somos nós, atletas”, desabafou Adenízia ao Sportv, criticando a atitude dos clubes, que não aceitaram a redução de pontos no ranking de Elisângela.
“Não são os clubes, não é a CBV, então eu acho que cada clube que falou ‘não’ tem que repensar, porque a Elisângela foi uma atleta que serviu o Brasil, que serviu o Osasco, Brasília, Macaé, então ela é uma pessoa muito importante. Por favor, clubes, pensem. A Elisângela é um ser humano acima de qualquer coisa”, encerrou a central.
Questionada se buscará um diálogo com os clubes que refutaram a proposta da anulação de seus pontos, Elisângela respondeu: “Isso eu ainda não pensei. Foquei na final do Paulista, deixei essas coisas para pensar na próxima semana e vamos ver o que eu consigo resolver, mas acho que o futuro pertence a Deus, está tudo nas mãos dele. Acho que coisas boas estão pra vir aí. Sempre fui uma jogadora que plantou coisas boas, tanto que tenho o carinho das companheiras, agradeço cada uma pelas mensagens, pelo apoio. Se for o encerramento da minha carreira que eu encerre com essa condição técnica que tanto me ajudou”, explicou Lili, que foi bronze pela Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Sydney, em 2000.