Gazeta Esportiva

Wimbledon permitirá participação de tenistas russos e bielorrussos

(Foto: Tim Nwachukwu / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

Diferentemente do que ocorreu na última edição, o torneio britânico de Wimbledon vai permitir aos tenistas russos e bielorrussos competirem este ano sob a designação de atletas “neutros” e com determinadas condições, anunciaram nesta sexta-feira seus organizadores.

Assim, “serão proibidas expressões de apoio à invasão russa da Ucrânia de várias formas e será proibida a participação de jogadores que recebam fundos dos estados russos e/ou bielorrussos (incluindo patrocínio de empresas operadas ou controladas por estados)”, especificaram eles em um comunicado.

Essa mudança foi possível graças à modificação das diretrizes pelo governo britânico, disse o All England Club, que organiza o único campeonato de Grand Slam na grama.

Entre as considerações que pesaram sobre esta decisão, “no ano passado houve uma reação forte e muito decepcionante de alguns órgãos dirigentes do tênis à posição assumida pelo All England Club e pela Lawn Tennis Association (LTA) com consequências que, se mantidas, seriam prejudiciais aos interesses dos jogadores, torcedores, do campeonato e do tênis britânico”, afirmou.

Como consequência da decisão de Wimbledon de proibir a participação de tenistas russos e bielorrussos em 2022, seguindo as diretrizes do governo britânico devido à invasão da Ucrânia, a ATP e a WTA penalizaram o campeonato excluindo-o da distribuição de pontos para o ranking mundial.

Além disso seus organizadores foram multados.

Recomendação do COI

Outros torneios ao redor do mundo optaram em 2022 por permitir a participação de tenistas russos e bielorrussos como “neutros”, incluindo o Roland Garros parisiense e o Aberto da Austrália e dos Estados Unidos.

Este ano, os organizadores de Wimbledon disseram que estão considerando a “crescente importância” do “alinhamento entre os campeonatos de Grand Slam”.

“Seguimos condenando totalmente a invasão ilegal da Rússia e mantemos todo nosso apoio ao povo da Ucrânia”, disse o presidente do All England Club, Ian Hewitt, acrescentando que esta foi “uma decisão incrivelmente difícil”.

“Na nossa opinião, considerando todos os fatores, esta é a melhor solução para o campeonato deste ano”, acrescentou.

A ATP e a WTA comemoraram a decisão do Grand Slam britânico.

“Estamos satisfeitos que todos os jogadores tenham a oportunidade de competir nos eventos de Wimbledon e LTA neste verão”, disseram eles em um comunicado conjunto. “Foi necessário um esforço colaborativo em todo o esporte para encontrar uma solução viável que protegesse a equidade do jogo”, enfatizaram.

“Esta continua sendo uma situação extremamente difícil e gostaríamos de agradecer a Wimbledon e ao LTA por seus esforços para alcançar este resultado, enquanto reiteramos nossa condenação inequívoca da guerra da Rússia contra a Ucrânia”, acrescentaram.

Os tenistas russos Daniil Medvedev e Andrei Rublev estão entre os dze primeiros do mundo e sua compatriota Daria Kasatkina ocupa a oitava posição no ranking feminino.

A número dois do mundo, a bielorrussa Aryna Sabalenka, venceu o Aberto da Austrália no início deste ano.

A mudança de posição de Wimbledon ocorre três dias depois de o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendar a reintegração de atletas russos e bielorrussos às competições internacionais, sob bandeira neutra e “a título individual”, desde que não tenham apoiado ativamente a guerra na Ucrânia.

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