Finalmente Andy Murray foi melhor do que Novak Djokovic. Após dois anos ou oito jogos de freguesia, o britânico venceu o sérvio e, de quebra, conquistou o tricampeonato do Masters 1000 do Canadá, disputado neste ano em Montreal. Na tarde deste domingo, o novo número 2 do mundo derrotou o líder do ranking mundial por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/3. após exatas 3h de confronto.
Este foi o 28º encontro entre os dois no circuito ATP e apenas a nova vitória de Murray. Mas o triunfo garantiu ao britânico mais 1.000 pontos no ranking mundial, o 35º título na carreira e o quarto na temporada 2015.
A conquista em Montreal também iguala Murray ao ex-tenista norte-americano Pete Sampra, com 11 títulos em torneios Masters 1000, sendo o quinto maior vencedor. Djokovic segue em segundo, com 24, três a menos que o maior campeão, o espanhol Rafael Nadal, com 27 troféus.
Murray e Djokovic agora voltarão suas atenções para o Masters 1000 de Cincinnati, que começa já neste domingo. Lá, o britânico buscará o tricampeonato – venceu em 2008 e 2011 -, enquanto o sérvio jogará pela conquista inédita. O suíço Roger Federer defenderá o título.
O jogo – Adotando uma estratégia incomum para aqueles que enfrentam Novak Djokovic, Andy Murray começou a decisão de modo agressivo mesmo enquanto recebia o saque do adversário. Tanto que já no quarto game, após seis breakpoints, o britânico conseguiu a quebra para na sequência abrir 4/1.
Aí Nole reagiu ao vencer três games consecutivos e empatou a parcial em 4/4. Em seguida, porém, Murray salvou um breakpoint, fez 5/4 e, controlando bem o jogo no fundo de quadra, voltou a rechaçar o serviço do líder do ranking para embolsar o primeiro set da final.
Especialista em superar os momentos mais difíceis, Djokovic deteve o saque de Murray logo no primeiro game do segundo set e em seguida confirmou a quebra com imensa tranquilidade. Mas o tenista da Grã-Bretanha estava determinado em complicar as coisas para o líder do ranking mundial. Cinco games mais tarde, o novo número 2 do mundo devolveu o golpe sofrido no início da parcial e deixou tudo igual: 3/3.
Sem se abalar, Nole foi com tudo para o sétimo game, aproveitou os erros não forçados de Murray, devolveu bem os saques do britânico e conquistou sua terceira quebra na partida. Depois, o tenista de Belgrado só precisou administrar a vantagem para vencer a segunda parcial e empatar a decisão.
Após salvar um breakpoint já no primeiro game do terceiro e decisivo set, Andy Murray deu a entender que, mais uma vez, sofreria nas mãos de Djokovic no momento mais importante de uma final. No entanto, o britânico tratou de espantar os velhos fantasmas, mas, para isso, teve que jogar como ainda não tinha feito em 2015.
Seguro e agressivo no fundo de quadra, o representante da Grã-Bretanha fez Nole correr de um lado para o outro, subiu bem à rede, e abriu 3/0 sem muitas dificuldades, ficando muito próximo do título.
O quinto game foi a prova de que neste domingo Djokovic não conseguiria derrubar Murray. Após quase 17 minutos de disputa e seis breakpoints salvos, o escocês venceu e fez 4/1. No oitavo game, novo drama: o sérvio salvou três matchpoints e evitou, naquele momento, o título do britânico.
Enfim sacando para o título, Andy Murray não escondeu o nervosismo, praguejou em várias oportunidades, mas não vacilou. O melhor tenista de toda a Grã-Bretanha salvou dois breakpoints e na sua quinta chance para colocar um ponto final no campeonato contou com um erro não forçado de Djokovic para garantir o tricampeonato no Canadá.