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Com bi de Roland Garros, Guga revela ter tido certeza de que seria número um do mundo

Nesta quinta-feira, completarão exatos 20 anos da conquista do ex-tenista Gustavo Kuerten do Roland Garros de 2000. Esse foi o segundo título obtido pelo brasileiro do Grand Slam da França, que foi campeão também nos anos de 1997 e 2001.

Diante da data especial, Guga relembrou o feito em entrevista nesta segunda. O atleta declarou que o triunfo fez com que ele tivesse certeza que assumiria a liderança do ranking mundial de tênis e percebesse a importância de vencer um torneio dessa relevância.

Guga foi campeão de Roland Garros em 1997, 2000 em 2001 (Foto: AFP)

“Ficou claro que ali, a gente teve uma resposta segura de que o número um iria acontecer. Aquele segundo Roland Garros foi o mais difícil dos três. É claro que o primeiro foi uma façanha maior do que os outros dois, mas conhecer a competição e voltar para lá no ano 2000, já batendo na trave em 99, que eu era favoritíssimo, me fez sentir na pele o tamanho do torneio. Tive de conhecer os temperos e as experiências necessárias para ganhar jogos meio que tirando um coelho da cartola, jogando mais ou menos, fazendo pegar no tranco”, afirmou.

“De alguma maneira, o repertório do meu jogo me dava condições para enfrentar as encruzilhadas e passar pela partida mais complicada de todas, que foi contra o Kafelnikov nas quartas. Eu cheguei jogando muito tênis naquele ano, no melhor nível da minha carreira até então, só que os obstáculos são sempre surpreendentes. Ali ficou claro a dificuldade que é ganhar um Grand Slam”, completou Guga.

Com a conquista, o brasileiro ganhou confiança para bater os grandes nomes do tênis (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O ex-tenista ainda reforçou que o título elevou seu padrão de jogo, passando a ter mais confiança de que poderia ganhar mais torneios e ultrapassar os principais nomes do tênis mundial na época.

“Em cima disso, alcançamos um novo nível em todos os aspectos. De estar entre os melhores, de poder desafiar o Agassi e o Sampras, que eram os últimos pela frente. Me senti convicto nessa intenção de ultrapassá-los e que eu poderia me considerar um jogador preparado e naturalmente com chances reais de ganhar Roland Garros, ou até mais do que isso. Eu estava pronto para vencer em qualquer ano que aparecesse”, ressaltou.

Dessa forma, o ex-jogador concluiu que a conquista apenas revelou sua mudança de mentalidade e a evolução natural de sua forma de praticar tênis. “Em 2000, minha carreira muda da água para o vinho, entre estar satisfeito por ficar entre os melhores, veio o extra de ser número um do mundo. E Roland Garros trouxe o carimbo de que era apenas uma questão de tempo”, finalizou Guga.

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