Na condição de campeão mundial de surfe, Adriano de Souza retornou ao Guarujá na noite desta terça-feira. O surfista brasileiro, mais conhecido como Mineirinho, foi homenageado em sua cidade natal, localizada na Baixada Santista, e desfilou em carro aberto.
Acompanhado da família, o guarujaense recebeu um troféu das mãos da prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB), ouvindo que era um “pequeno mimo para um orgulho da cidade, do estado de São Paulo e do Brasil”. Mineirinho ficou lisonjeado.
“Nascer nessa cidade é um grande orgulho. Muitas pessoas me perguntam de onde venho e só aponto para o número 13 (da camiseta), que é o código (telefônico) da cidade. É uma honra poder levar o nome, a origem e a cor do Guarujá, que me deu tantos frutos. Para mim, é divino, uma honra como cidadão guarujaense estar aqui”, disse Mineirinho.
O surfista partiu em cima de um carro de bombeiros de frente da prefeitura, acompanhado por dezenas de pessoas. Mineirinho subiu no veículo com o troféu de campeão mundial ao som do “Tema da Vitória”, tradicionalmente usado para festejar as vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1.
O cortejo ganhou corpo durante o trajeto, seguido por carros, motos e bicicletas, além de pessoas a pé, algumas descalças. Em certos momentos, a presença de Mineirinho foi saudada pelos conterrâneos com fogos de artifício e faixas. O surfista passou pela comunidade Santo Antônio, bairro pobre em que cresceu, e pela praia de Pitangueiras, onde começou a surfar.
O guarujaense de 28 anos conquistou o título mundial na última quinta-feira. Ao triunfar na etapa de Pipeline do campeonato, feito inédito para um brasileiro, ele chegou aos 57,700 pontos ganhos. O australiano Mick Fanning, derrotado por Gabriel Medina na semifinal, ficou com 54,650.
Do arquipélago no Oceano Pacífico, Adriano de Souza lembrou suas origens logo depois de conquistar o título. Nascido no Guarujá em 1987, ele teve uma infância humilde e ganhou do irmão Ângelo sua primeira prancha, no valor de R$ 30,00.
De volta à cidade natal nesta terça-feira, dia em que retornou ao Brasil, Mineirinho usou a animação dos conterrâneos para superar o desgaste. “Eu estava extremamente cansado, mas, assim que começou o desfile, ganhei uma energia extra deles e consegui concluir com perfeição. Até estou sem camiseta e boné, dei tudo para a galera”, comentou, ao final do cortejo.