A surfista de 33 anos, que quase se afogou em 2013 durante a sua primeira sessão no mítico enclave português, superou até os homens este ano.
O melhor desempenho masculino, estabelecido pelo americano Kai Lenny no dia 11 de fevereiro, também em Nazaré, foi numa onda de 21,33 metros.
"Corri mais riscos do que o normal", disse Maya Gabeira no comunicado da WSL. "Eu estava indo muito rápido, mas o barulho que a onda fez quando quebrou me fez perceber que era provavelmente a maior que eu já havia surfado".
NEW RECORD: Largest wave surfed - unlimited (female) - 73.5 foot (22.4 metres). Congratulations to Brazil's Maya Gabeira 🌊🏄🏻♀️
🎥 @wsl / Pedro Miranda pic.twitter.com/I71oqKYadS
— GuinnessWorldRecords (@GWR) September 10, 2020
A WSL decidiu recorrer a cientistas para desempatar entre a brasileira, cujo recorde mundial anterior (68 pés, 20,72 metros) também foi estabelecido em Nazaré em 2018, e a francesa Justine Dupont, a quem ultrapassou "por apenas 2 ou 3 pés", dependendo da instância.
A francesa pode ser consolada com mais dois troféus atribuídos nos Big Waves Awards da WSL, a melhor performance e melhor 'ride' (trajetória na onda) do ano.
"Sou um grande fã da Justine e do que ela fez em Nazaré", disse Gabeira.
"Acho que é um dos motivos que me levaram a me entregar totalmente. Já ia desistir há alguns anos, mas vi sua evolução e disse a mim mesmo que deveria continuar por mais alguns anos".
Os Big Waves Awards, entregues há 20 anos, são atribuídos por um grupo de jurados da WSL após a análise de imagens de vídeo e fotos das performances enviadas pelos surfistas.