A Seleção Brasileira de bobsled inaugurou, nesta quinta-feira, a nova pista de push no Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo. A expectativa é que esse equipamento, essencial para países tropicais, ajude o país a ter resultados mais expressivos em competições internacionais, entre elas os Jogos Olímpicos de Inverto de PyeongChang 2018.
“Hoje temos uma estrutura que não tem comparação com o que era antes. Tanto na parte técnica como na preparação física. Antes, a gente não tinha como treinar a arrancada. Nós chegávamos para competir sem treinar o push. Então, nossa técnica só ficava melhor no meio ou no fim da temporada. Agora, estamos trabalhando em detalhes a performance de cada atleta”, afirmou Edson Bindilatti, o experiente piloto do quarteto principal do Brasil, que já tem no currículo três participações em Jogos de Inverno (Salt Lake City-2002, Turim-2006 e Sochi-2014).
“Este ano está sendo muito importante para nós. Começamos a treinar no Núcleo de Alto Rendimento e agora temos a pista de push. São condições muito melhores para a gente evoluir”, completou Sally Mayara, piloto da dupla feminina.
A pista com pouco mais de 75 metros, conta com um equipamento que ajuda a monitorar a performance do time brasileiro. O equipamento permite que o Brasil tenha condições de treino similares a países europeus e da América do Norte. Atualmente, o quarteto brasileiro masculino ocupa a 22ª posição no ranking mundial, melhor colocação do país num começo de temporada internacional.
“Atualmente, o treinamento da nossa equipe é idêntico ao dos principais países da modalidade. Durante a pré-temporada (abril a setembro), os atletas treinam a parte física e técnicas de largada na pista de arrancada. De outubro a março, as pistas de bobsled ficam abertas e os nossos conjuntos conseguem treinar a pilotagem na mesma quantidade dos demais competidores”, explicou Tiago Wisnevski, gerente de esportes da Confederação Brasileira de Depostos no Gelo (CBDG).
A equipe brasileira, que conta com oito atletas, viajará em setembro para disputar competições no Hemisfério Norte. A CBDG acredita que o país tem boas chances de conseguir se classificar para os Jogos Olímpicos na modalidade.